Cultura

Bailarina alagoana se dedica à carreira internacional

Assessoria | 10/12/19 - 16h24

Para realizar um sonho é preciso ter determinação, e isso, a bailarina alagoana Bárbara Lins tem de sobra. Desde seus 6 anos vem se dedicando ao ballet e iniciou seus estudos em 1996 na escola de ballet Eliana Cavalcanti em Maceió. Sua dedicação e paixão pela dança era tão evidente que, com apenas dois anos de estudo, foi escolhida para fazer o papel principal do Espetáculo "Alegria", interpretando uma menina que vivia em mundo encantado e brincava com bonecos mágicos. 

Em 2007 foi convidada para fazer parte do corpo docente da Escola de Ballet Eliana Cavalcanti. A partir desse momento, decidiu aprimorar seus estudos como professora e ingressou na Faculdade de Licenciatura em Dança na Universidade Federal de Alagoas. Bárbara relata que ouvia constantemente que ballet não era futuro para ninguém e, mesmo assim, nunca pensou em desistir. Quando era questionada sobre sua profissão, ela respondia: "Sou bailarina e professora de ballet". Porém, no mesmo instante, ouvia a réplica: "ah, que legal. Mas qual é mesmo a sua profissão?". “Infelizmente as pessoas não entendiam que não era apenas um hobby ou paixão de infância, é a minha profissão,” desabafa Bárbara. 

Em paralelo com sua vida de professora, foi solista na Cia de Ballet Eliana Cavalcanti, dançou diversos repertórios de ballet, entre eles Dom Quixote, O Quebra-Nozes, Copélia e O Corsário. 

Carreira Internacional

Tudo começou em 2013 quando fez uma audição e foi logo aprovada para a escola de Ballet Chicago. No mesmo ano, conseguiu meia bolsa de estudos, mas o valor ainda seria exorbitante para as despesas e foi forçada a retornar ao Brasil.

Como uma típica brasileira que não desiste nunca, Bárbara voltou a estudar em Nova York em 2015. Porém, nesse período não foi nada fácil para a nossa bailarina alagoana. “Viver sozinha no exterior é difícil de descrever”, conta Bárbara. A dificuldade principal é que com o visto de estudante ela não conseguia trabalho e as companhias de dança exigiam carteira profissional. “Imaginem só passar em audições de companhias de dança conceituadas e ser recusada por causa de documentos”, acrescenta a bailarina. 

Apesar de inúmeras dificuldades, em 2017 Bárbara assinou contrato de curto período como o espetáculo Quebra-Nozes, pela Companhia de Ballet Connecticut. Finalmente, o visto OPT (Optinal Practical Training) tão esperado chegou no ano seguinte, o que deu a ela o direito de trabalho nos Estados Unidos.

Atualmente, a bailarina Bárbara é integrante de três diferentes companhias de dança: Jersey City Ballet Theater (New Jersey), American Swiss Ballet company e Encounters (ambas de New York). Em agosto deste ano, participou, pela primeira vez, de um tour com o American Swiss Ballet company - ASBC pela Europa, passando pela França, Itália e Suíça.