Maceió

De 24 apartamentos ameaçados no Pinheiro, três ainda estão ocupados por moradores

13/03/18 - 16h47
Reprodução TV Pajuçara

A Defesa Civil Municipal recomendou aos moradores que ainda estão nos apartamentos ameaçados no Pinheiro, que deixem o local por prevenção. Ao todo, 24 apartamentos localizados em dois blocos estão sob observação do órgão após o tremor de terra registrado há mais de uma semana, além de casas próximas ao Conjunto Divaldo Suruagy. Mas três deles ainda estão ocupados pelos moradores.

Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos, o órgão deve aguardar o resultado do relatório da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) para saber se os prédios e as casas estão condenados.

"Nós recomendamos, até por prevenção, a desocupação de dois blocos do Conjunto Divaldo Suruagy, mas três apartamentos ainda seguem ocupados. Não podemos dizer que esses prédios já estão condenados, pois cabe a conclusão da CPRM, que ainda vai requisitar equipamentos para fazer as análises. Além disso, a recomendação se estendeu para três casas, que também foram vistoriadas. Uma, inclusive, já está fechada por conta de rachaduras antigas", explicou.

Mas a moradora Selma Barros diz que não tem como deixar o local e diz que deve esperar por um posicionamento sobre a condenação do imóvel.

“Não tenho condições de sair do prédio, pois o apartamento é financiado. Tenho dificuldade de sair porque terei que pagar o aluguel e a prestação do apartamento, e estamos esperando o respaldo da Defesa Civil ou de outro órgão competente para saber se o prédio está condenado ou não. Assim, vou tomar uma decisão concreta junto à Caixa Econômica, para ter um ressarcimento ou uma nova moradia", explicou em entrevista à TV Pajuçara.

A moradora conta que está com medo de ficar no apartamento, e teme novas rachaduras. "Fico morrendo de medo, seja para dormir ou para ficar durante o dia. Não tem mais nenhum morador por aqui. Pode ser pior quando voltar a chover forte, isso me deixa muito preocupada. Não tem condições de ficar aqui", lamenta.