Esporte

É mais difícil acalmar mulheres do que homens, diz Vadão

Folhapress | 16/05/19 - 16h30
Lucas Figueiredo / CBF

Para o técnico da seleção feminina, Vadão, a relação com as jogadores é diferente da que tinha com homens, quando foi técnico de equipes masculinas. Em entrevista durante a convocação da equipe que vai disputar a Copa do Mundo na França, o treinador afirmou ser mais difícil acalmar mulheres durante o seu trabalho.

"Às vezes é um pouco mais difícil de acalmar as mulheres naquele momento do que um homem que é um pouco mais fácil. Esse tipo de característica feminina não tem como, você tem que aprender a lidar. Eu achei que sabia lidar, tenho um casamento há 38 anos, tenho uma filha, mas quando você mexe com trinta [mulheres] é diferente. Mas na hora do conflito é diferente acalmar as mulheres do que os homens, mas a gente vai pegando o jeito", afirmou.

"Elas falam todas juntas, uma com a outra, ainda ouve o que a outra está falando e consegue se comunicar aqui, a gente não consegue [acalmá-las]. É uma característica. No masculino, com os homens não têm tanto isso. Às vezes [entre os homens], tem uma discussão ou outra, mas é raro. As mulheres têm mais [discussões], com frequência", disse o treinador.

Vadão, 62 anos, treina a seleção feminina pela segunda vez. A atual passagem começou no fim de 2017 e rendeu o título da Copa América do ano seguinte, mas no momento o técnico vive mau momento, com nove derrotas consecutivas. Mesmo assim, foi mantido pelo presidente Rogério Caboblo no cargo.

"Tecnicamente falando, [o futebol feminino no Brasil] melhorou demais. Mesmo muitos times que não têm condições de treinar, ganham pouco, têm que trabalhar, acontece uma goleada ou outra. Tem times com regime profissional, outras ainda não. Mas tecnicamente agora tem onde buscar, onde observar", analisou Vadão.

Outra gafe de Vadão em sua entrevista coletiva nesta quinta (16) foi analisar a seleção da Jamaica como sendo proveniente de características africanas - o país fica no Caribe.

"Temos a Jamaica, que é surpresa, pois nunca tinha participado, já tínhamos visto vários jogos. É uma equipe que não foge da característica do futebol africano, muita estatura, atacantes altos, que sabem proteger. Pressionada, vai esticar a bola nesta atacante. É uma equipe forte, veloz. E podemos explorar outras coisas que percebemos, distância entre as linhas. Equipe nos moldes africanos", declarou o técnico.

A seleção estreia no dia 9 de junho, às 10h30, contra a Jamaica, em Grenoble, às 10h30 (de Brasília).