Justiça

Estudante de Direito acusada de aplicar golpe em idosos em Igaci está foragida

Dayane Laet com MPE/AL | 25/09/18 - 10h03
Reprodução

Pelo menos 13 idosos que vivem na cidade de Igaci, no interior de Alagoas, foram vítimas de uma estudante de Direito que, segundo o Ministério Publico do Estado de Alagoas (MPE/AL), aplicou um golpe e causou um prejuízo que passa de R$ 100 mil.

Segundo informações da Promotoria de Justiça da cidade, ligada ao MPE/AL, Thalsi Leite Vanderlei teria fingido ser funcionária do banco Bradesco e fazia empréstimos em nome das vítimas, agindo em conluio com o primo dela, João Vanderlei. João, que tem envolvimento com agiotagem,  disponibilizava uma de suas contas para as transferências ilícitas. O esquema teve início em março de 2017.

De acordo com o promotor de Justiça, Kleber Valadares, usando de má-fé, a universitária  efetuava os empréstimos criminosos e usufruiu de mais de R$ 100 mil, deixando as vítimas em situação extremamente delicada. “Ela utilizava a senha que o banco repassava para aos idosos e, pela internet, os valores creditados em suas contas eram transferidos para outras à disposição da acusada. Uma delas, a do primo”, explica o promotor de Justiça.

Também é imputado a Thalsi Vanderlei, o crime de lavagem de dinheiro, visto que, em mais de um ano do cometimento do crime de estelionato, ocultou origem, localização ou propriedade de bens, tendo a conivência do primo João Vanderlei. “Em combinação com o João, ela fazia as transferências dos valores, que iam de 250 reais até 4 mil. A conta dele era utilizada para não levantar suspeita e, consequentemente, a cidadã fazer investimentos, a exemplo da compra de bens", ressalta Kleber Valadares.

Pelas provas, e sem argumentos para contrariar qualquer acusação, Thalsi assumiu o esquema criminoso. João, assumiu a disponibilidade da conta e, inclusive, teria afirmada em depoimento que a mesma havia sido bloqueada por tal motivo.

Diante dos fatos, crimes comprovados e assumidos pelos denunciados, o promotor de Justiça, Kleber Valadares, entende a necessidade de manter o mandado de prisão preventiva contra Thalsi Leite. “Ela cometeu um crime grave, lesando financeiramente, por mais de um ano, pessoas idosas, carentes, leigas, que dependem exclusivamente do beneficio da aposentadoria. Em liberdade, entendemos que possa dar continuidade à prática criminosa”, afirma Kleber Valadares.

O Ministério Público também pede o sequestro dos bens dos denunciados. Thalsi, segundo Valadares, fugiu da cidade.