Maceió

Grupo feminista reivindica autoria coletiva de pichação na Praça do Skate

11/07/18 - 17h03
Reprodução/Fabecook

A revitalização da Praça do Skate, na Ponta Verde, parte baixa de Maceió, gerou polêmica depois de uma pichação realizada por um grupo de mulheres, no último domingo. Na manhã desta quarta-feira (11), o coletivo feminista Ateliê Ambrosina reivindicou em suas redes sociais a autoria coletiva da intervenção urbana, como denominaram as integrantes, junto com outras mulheres.

“Para quem tiver procurando as “culpadas”, sou eu, sou ela, somos todas nós. Mulheres. Todos os dias. Acordamos e vamos dormir culpadas, sempre. Então, tanto faz pra mim, ser a autora ou não dessa pichação. Podem me culpar se quiserem”, disse Bruna Teixeira, diretora-fundadora do Ateliê Ambrosina, em entrevista ao portal TNH1.

Para o coletivo, o "pixo" é uma arte transgressora e efêmera, passageira e dinâmica, e está também ligada à cultura urbana do skate, ambas marginalizadas. Nas redes sociais, o assunto tem ganhado repercussão entre os internautas maceioenses, em uma discussão polarizada entre os que criminalizaram o ato e os que apoiam as autoras.

“Estamos diante de um equipamento público cuja tradição é o "pixo". Essas meninas escolheram o local certo pra fazer a pichação, porém, o que tá incomodando é o conteúdo. Não é que a pista não foi inaugurada. O pixo simplesmente não altera em nada a característica da reforma, o que tá incomodando é o conteúdo de empoderamento da mulher”, argumentou Bruna.

Em suas redes sociais, o titular da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Gustavo Acioli Torres, disse que a ação constitui um desrespeito pela cidade e pelos espaços públicos. “Se acham no direito de vandalizar uma revitalização que esta sendo feita em prol de toda a cidade”, escreveu Gustavo Acioli, que também disse que registraria um boletim de ocorrência sobre o caso.

Na mesma publicação, o secretário fez um convite aos artistas de rua da cidade, para que pudessem realizar uma intervenção na praça. “O que não será permitido é esse vandalismo”, disse Gustavo.

*Estagiária sob supervisão da editoria