Alagoas

Moradores do Pinheiro não sabem a quem recorrer após tremores de terra

Causa do problema ainda é desconhecida e população teme permanecer em suas casas

12/03/18 - 10h58
TNH1/Arquivo

Perdidos. Assim se sentem os moradores que tiveram imóveis atingidos pelo tremor de terra que atingiu alguns bairros de Maceió no começo do mês. O TNH1 conversou com alguns deles, que afirmaram que o poder público também não sabe como orientar as pessoas que tiveram os imóveis avariados.

Maria Piedade de Melo mora na Rua Francisco Amorim, no bairro do Pinheiro, e disse à reportagem que ela e os vizinhos não sabem o que fazer em relação a uma fenda aberta do portão de entrada até a área da piscina, nos fundos do terreno do condomínio onde tem um apartamento.

“Nós colocamos um tubo de PVC completo e ele se perdeu no buraco. Já procurei os órgãos municipais e estaduais e ninguém sabe o que fazer”, desabafa.

Do mesmo problema se queixa o professor de dança Eduardo Ribeiro, uma das pessoas que gravaram vídeos no dia 3 de março mostrando rachaduras na casa onde mora.

“A gente não sabe o que fazer. As pessoas comentam que vai ter uma reunião no Ministério Público Estadual, comentam uma reunião na Câmara dos Vereadores, mas não tem nada certo ainda. Eu estou tentando contato com alguns vizinhos para saber o que está sendo feito para que eu possa acompanhar”, disse.

Audiência Pública

Na manhã de hoje, uma audiência pública é realizada na Câmara de Vereadores de Maceió, onde especialistas debatem sobre as possíveis causas do tremor de terra.

Ainda assim, o objeto da audiência de hoje é cobrar dos órgãos competentes a realização de estudos que possam apontar as causas do tremor e a criação de um plano de emergência para orientar a população de como agir em casos semelhantes.

Defesa Civil Municipal

O TNH1 conversou com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos, que explicou que ainda são necessários estudos para apontar as causas dos tremores.

“Nem os professores da Universidade [que participaram do debate promovido pelo Crea na quinta passada] apontaram uma causa. Todos falaram em hipóteses, mas disseram que seria necessário aprofundar, então nós vamos esperar os técnicos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais [ligada ao Serviço Geológico do Brasil], para que eles possam desenvolver esse estudo”, explicou o coordenador.