Policiais civis da Paraíba e de Alagoas deflagraram a 1ª fase da Operação Fratelli, que investiga uma associação criminosa internacional especializada na abertura de empresas e negociação de imóveis, responsável por fraudes a possíveis compradores que podem superar a quantia de R$ 5 milhões. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Maceió, no bairro Gruta de Lourdes, onde moram dois dos investigados.
De acordo com o delegado responsável pelo setor de inteligência da Polícia Civil de Alagoas, Fabrício Lima, foram apreendidas cerca de dez pastas com documentos, como extratos bancários e outros ligados a construtoras e vendas de imóveis.
"O mandado cumprido aqui, é de busca e apreensão. A operação, que começou na Paraíba, investiga suspeitos de estelionato, falsificação de documentos e fraudes de pessoas ligadas a uma construtora na Paraíba. Não sei dizer ainda se essa empresa atuava normalmente ou se ela foi criada para aplicar esse golpe", explicou o delegado.
A polícia paraibana divulgou imagens da ação da polícia em Alagoas, assim como de documentos apreendidos e do interior de um imóvel ainda não identificado pela reportagem; assista:
As intervenções policiais começaram na manhã desta terça-feira (18). De acordo com a Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, a operação tem como objetivo apreender documentos relacionados a um grande esquema de abertura de empresas e negociação de imóveis por estrangeiros, em sua na maioria italianos.
De acordo com o delegado Lucas Sá, as investigações tiveram início há aproximadamente seis meses, após denúncia feita por uma das vítimas, que descobriu o desvio de mais de R$ 600 mil relacionados a apenas uma das empresas investigadas.
“As investigações identificaram que um dos investigados, um técnico em contabilidade, possui 60 empresas registradas em seu nome, sendo grande parte de empresas de construção civil, em sociedade com estrangeiros. Durante a investigação, a delegacia identificou 20 contas bancárias relacionadas aos fatos em investigação, cujo sigilo já foi quebrado pela justiça paraibana”, explicou.
Ainda conforme a delegacia, todas as informações bancárias já estão sendo analisadas no contexto da Operação Fratelli e restavam apenas o cumprimento de mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de João Pessoa e Maceió/AL. “Durante a primeira fase da Operação Fratelli, a Polícia civil da Paraíba e Polícia Civil de Alagoas apreenderam documentos e equipamentos eletrônicos dos investigados, que serão analisados com o objetivo de concluir as investigações, com a responsabilização de todos os envolvidos e delimitação do prejuízo causado”, ressaltou o delegado.
O prejuízo, segundo os investigadores, é da ordem de R$ 5 milhões. A polícia reforça que quem tiver mais informações sobre os suspeitos, pode realizar denúncias pelo número 197 da Polícia Civil.
