O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) se reuniu, nesta sexta-feira, 21, com o presidente do Tribunal de Justiça, Tutmés Airan, na tentativa de abrir o canal de negociação com o Governo do Estado. Na última segunda, 17, o Sindpol decidiu paralisar todos os serviços até hoje. A categoria quer reconhecimento do salário de nível superior da segurança pública, com piso salarial pela média nacional.
O Sindpol espera a intervenção do Tribunal de Justiça, diante da informação passada pelo secretário da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Fabrício Marques, de que o governador não autorizou negociar com os policiais civis. Airan teria demonstrado preocupação com a medida, expressando surpresa das negociações não terem avançado.
De acordo com o sindicato, o desembargador ligou imediatamente para o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, o qual informou que, na próxima quinta-feira (27), retornaria a ligação para o presidente do Tribunal de Justiça com o objetivo de realizar uma reunião a fim de tratar da pauta dos policiais civis.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, esclarece que vem tentando negociar com o Governo do Estado que não avança com a proposta concreta para a categoria, nem sinaliza uma data ou um mês para oferecer uma proposta. "Diante dessa inércia, dessa falta de compromisso com a segurança pública, a diretoria do Sindpol só enxerga uma solução que é o enfrentamento com paralisação, com redução do atendimento policial para a população”, salienta.
Nazário também destaca que a atual situação tem efeito muito ruim e devastador para a sociedade. “O papel dos policiais civis é dar segurança e proteger a sociedade, mas se a Polícia Civil para, isso vai ter reflexo negativo com o aumento da violência do Estado de Alagoas”, revela.
