Polícia

Suspeito de participar de 30 assaltos e 'especialistas' em explosões faziam parte de grupo morto em operação

Existiam quatro explosivistas que atuavam no grupo, morto em ação da Polícia Civil de Alagoas em Santana do Ipanema

Erik Maia | 12/11/18 - 09h42
Suspeito morto em confronto seria suspeito de pelo menos 30 assaltos a banco | Reprodução

O homem apontado pela Polícia Civil como sendo um dos quatro explosivistas do grupo de 11 pessoas que morreram em uma ação da polícia em Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, participou de pelo menos 30 ataques a instituições financeiras em Alagoas.

De acordo com a polícia, Carlos Alberto de Lima, conhecido como Coquinho, vinha atuando desde 2015 como uma espécie de especialista em explosões de bancos. No começo de outubro deste ano, a polícia apreendeu uma arma, munições e 25 quilos de explosivos em uma casa que seria dele, na zona rural de Craíbas, no Agreste de Alagoas.

Imagem: Cortesia/Polícia Civil

Carlos Alberto também é apontado como sendo um dos três homens do grupo que participaram do assalto ao Banco do Brasil de Igreja Nova, em 17 de setembro deste ano.

Além dele, José Lutemberg Nogueira dos Santos, conhecido como “Lutinho” ou “Doutor”, apontado como líder do núcleo alagoano do grupo, e Adriano Souza Silva Júnior, conhecido como “Júnior Preto”, do núcleo pernambucano, também são apontados como tendo participação no assalto em Igreja Nova.

Como explosivistas, atuavam ainda Evandro de Paula Lima Silva, conhecido como Saulo; Cristiano Rômulo de Souza Rodrigues, conhecido como Rominho, e André Luiz de Morais Lima, líder do núcleo pernambucano do grupo.

Novo Cangaço

Outros dois homens são apontados como sendo responsáveis por ações que levaram o grupo a ser conhecido como “novo cangaço” no Nordeste. Eles costumavam efetuar disparos de arma de fogo contra grupamentos militares e delegacias em cidades durante os roubos.

Bruno Emanuel Batista Araújo, o “Bruno Angelim”, é apontado como um dos mais violentos do grupo. Ele teria ameaçado dois capitães Polícia Militar do Piauí.

Josivan dos Santos Souza, o “Vanvan de Petrolina”, era responsável também pelo fornecimento de explosivos, espoletas e cordel detonantes usados por vários grupos para explodir agências bancárias nas regiões Norte e Nordeste.

Outras funções

Um dos homens era apontado pela polícia como sendo o articulador da logística das fugas após cometer os crimes no Sertão. Adjane da Silva, conhecido como Jânio, já havia sido preso em 2016, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Adeíldo de Souza Timóteo, conhecido como Del, teria ligação com José Lutemberg e Carlos Alberto, e é considerado suspeito de participação em vários crimes desde 2015. Ele foi preso pelo crime de roubo a banco em abril de 2017 e estava em liberdade desde o dia 8 de outubro.

O último homem é apontado como líder do grupo interestadual, e também estava cumprindo pena no presídio de Paulo Afonso (BA). Ele foi posto em liberdade recentemente e já tem passagens pelas polícias dos estados do Pará, Ceará e Rio Grande do Norte.