Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil chegou a Maceió na tarde desta segunda-feira, 12, para dar continuidade às pesquisas sobre os tremores sentidos na capital alagoana e descobrir as possíveis causas do fato. Em uma entrevista concedida à imprensa, na sede da Defesa Civil Municipal, no Vergel do Lago, os geólogos Rafael Correia de Melo e Gilmar Alves Dias, que compõem a representação nacional da equipe de análise, relataram as primeiras impressões do ocorrido.
"Pode ser uma falha em uma estrutura geológica, mas também pode ser uma falha na tubulação de água", disse Rafael, acrescentando que a equipe ainda está colhendo dados e não tem previsão para a entrega do relatório. As prevenções e soluções definitivas só poderão ser apresentadas após esses resultados.
Para os pesquisadores, o abalo sísmico foi um catalisador do processo, resultado das chuvas que caíram em Maceió. Eles informaram que vão realizar um estudo com um aparelho chamado GPR (do inglês Ground Penetrating Radar, radar de penetração no solo), que vai analisar as vias fluviais do bairro.
De acordo com o coordenador-geral de Ações de Contingência da Defesa Civil de Maceió, Arthur Rodas, a presença de rachaduras no bairro do Pinheiro é um fato antigo, que se agravou com a forte chuva do dia 15, antes do tremor. Em uma hora de chuva, os pluviômetros registraram 75 milímetros de água.
Na imagem acima, as linhas amarelas retratam as rachaduras a partir do dia 15 de fevereiro deste ano, enquanto as linhas verdes e azuis representam fissuras leves.
A Defesa Civil informou que realizou uma análise nas galerias da cidade após as chuvas do dia 15 e informou que não foi encontrada nenhuma anormalidade.
