Brasil

Festa regada a drogas, bebida e sexo termina com jovens assassinadas em MG

20/11/17 - 16h58
Ilustração

As execuções a tiros de duas garotas, de 16 e 18 anos, no fim da noite da sexta-feira, desafiam agentes da Delegacia de Homicídios de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tentam neste momento localizar os três homens suspeitos. Duas adolescentes, apontadas por parentes das vítimas como envolvidas com os criminosos, foram levadas para a delegacia na condição de testemunhas para prestar esclarecimento. Além das duas meninas assassinadas, uma colega delas, de 15 anos, foi baleada e se fingiu de morta para escapar dos bandidos.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, na noite da sexta-feira as vítimas participaram de uma festa num sítio na Região do Vianópolis. Depois de ocorrer um atrito no evento, as três meninas foram obrigadas por três homens a entrar num Fiat Palio, de cor cinza, e todos deixaram o local.

A adolescente que foi baleada conta que por cerca de duas horas ficaram rodando de carro com os três homens por vários locais, na mesma região. Elas passaram a ser ameaçadas por eles, que queriam obrigá-las a manter relações sexuais. Diante da recusa das garotas, os criminosos ficaram agressivos.

Segundo contou à polícia, a adolescente disse que em um certo local o motorista do veículo parou e ela foi obrigada a descer. Foi então que um dos homens atirou em sua direção, atingindo-a no peito. A garota então simulou que tinha morrido e, quando os criminosos fugiram levando suas amigas em direção ao trevo de Esmeraldas, ela se levantou e foi pedir socorro.

Porém, momentos depois os corpos das outras duas meninas foram encontrados na Avenida Brasília, no Bairro Granja Santo Afonso, na mesma região. As duas foram mortas a tiros, mas não foram encontradas testemunhas das execuções. Os três homens não foram localizados e nem o veículo usado no crime. Peritos da Delegacia de Homicídios estiveram no local e fizeram levantamentos iniciais, mas não foi constatado se houve crime sexual.

Pela manhã, duas adolescentes procuraram policiais militares e disseram que estavam temerosas, já que familiares das vítimas afirmara que elas seriam conhecidas dos assassinos e pivôs do duplo homicídio e o atentado contra a outra menina. O boletim de ocorrência da PM, bem como as duas menores, foram levadas para o plantão da 8ª Delegacia de Polícia de Betim, onde o caso passou a ser investigado pelos agentes da Delegacia de Homicídios.