Brasil

Placas Mercosul: veja o que vai muda na placa do seu carro

Entenda o que as placas Mercosul representam em termos de identificação veicular, e o que muda com a sua entrada em circulação no Brasil

13/08/17 - 08h31
Hintigo

As placas Mercosul, aquelas que deverão identificar os veículos de todos os países integrantes do bloco socioeconômico, foram anunciadas em setembro de 2014. Desde então, o Brasil vem adiando sua implementação definitiva, quando as placas atuais, compostas de 3 letras e 4 números nessa ordem deixarão de existir.

Enquanto isso, os vizinhos Uruguai e Argentina já oficializaram o novo sistema de emplacamento, o que deveria ter sido feito por aqui em janeiro de 2017.

Quando as placas padrão Mercosul entram em vigor no Brasil

Em setembro de 2014, numa reunião entre representantes de Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela foi anunciado oficialmente o novo sistema de emplacamento comum aos cinco países.

Na ocasião, ficou acertado que ônibus e caminhões novos, emplacados a partir de 1°de janeiro de 2016 receberiam a nova placa identificadora. Para carros de passeio e motos, o emplacamento só começaria em 2018.

Na mesma reunião, ficou acertado consensualmente que cada país poderia antecipar a data de implantação do novo sistema. Sendo assim, no Brasil, a entrada definitiva das placas Mercosul foi sendo adiada. A última previsão era de que em janeiro de 2017 o sistema estaria valendo, mas depois disso não houve mais declarações oficiais do governo sobre quando as placas passarão a identificar os veículos novos.

O que muda

Assim como a União Europeia, que adota um sistema comum de emplacamento de veículos, o Mercosul conta com uma forma de identificação veicular que visa unificar os sistemas e facilitar o trânsito de pessoas.

As novas placas terão sinais e cores diferentes das que são empregadas atualmente no Brasil, a começar pelo topo da placa. Se hoje nela consta a sigla do estado e a cidade onde o veículo foi emplacado, com a placa Mercosul o que estará inscrito na tarjeta na parte superior é o país de origem do veículo.

No caso do Brasil, o que ficará visível serão as 4 letras e 3 números da placa, que ocuparão espaço da mesma forma como as placas atuais. Serão três letras, um espaço, número, outra letra e os dois números restantes.

À direita, estarão impressos o estado e o brasão do município de origem do veículo. Haverá outras formas de identificação e mecanismos para evitar fraudes, como faixas holográficas  e um QR code, o que não deixa de ser um marco histórico. Será a primeira vez que um dispositivo de identificação baseado em rede servirá como meio oficial de identificação veicular.

Quanto custa trocar a placa do carro

Como ainda não há previsão para a implementação oficial do novo emplacamento, não se sabe ao certo se haverá alguma taxa diferente das praticadas para as placas Mercosul.

Até o momento, o que se sabe é que as placas, depois de implementadas oficialmente e chanceladas pelo Denatran, deverão servir para identificar veículos novos.

Portanto, será diferente da mudança que houve em 1997, quando veículos com as antigas placas com 2 letras e 4 números precisaram ser reemplacados.

As placas no padrão Mercosul não invalidarão as placas atuais, que deverão sair de circulação gradativamente, conforme os próprios veículos forem sendo retirados das ruas.

O que é o Mercosul?

O Mercosul é um tratado de cooperação assinado em 26 de março de 1991 entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.Seu objetivo é desenvolvimentista, e para isso os governos dos países entenderam que era necessário unificar padrões e medidas, além de tarifas alfandegárias, impostos e outras taxas.

Sua criação foi oficializada com o Tratado de Assunção, em alusão à capital paraguaia, que sediou a reunião de cúpula. Assim, foi sacramentado um acordo de comércio comum entre os países membros, que mais tarde receberia a adesão da Venezuela, hoje em grave crise financeira e institucional.

Chile, Bolívia, Equador, Colômbia e Peru fazem parte do bloco, na condição de estados associados. Nova Zelândia e México foram nomeados estados observadores, podendo ser acionados em casos de conflitos que precisem de mediação.