Carnaval

Super-heróis combatem o mau humor e viram estrelas em Olinda

26/02/17 - 22h41
Agência Brasil

Os super-heróis são as estrelas do bloco Enquanto Isso na Sala de Justiça que desfilou hoje (26) em Olinda. Fantasiados, os foliões fazem performances, são parados para tirar fotos e incorporam o personagem durante toda a festa.

A concentração do bloco começou às 9h no Alto da Sé – local com vista para o mar, emoldurada por igrejas históricas e mirantes amplos. Apesar do tempo quente e do sol sem trégua, os foliões capricham nas fantasias e não economizam nos panos, máscaras e pinturas.

Os personagens da série americana Game of Thrones tiveram lugar na festa. Rafael Barreiros, de 32 anos, arte educador conhecido como Gentileza, estava com a fantasia mais quente do grupo. Ele incorporou Jon Snow que usa uma capa grossa – no caso da fantasia, um tapete – e vestes para encarar o frio da região onde parte da ficção é ambientada.

“Olinda não tem como viver sem estar no calor. Esse calor é, inclusive, combustível para essa folia toda”, diz. Para Rafael, incorporar o herói é o mais divertido do período carnavalesco. “É um momento de encanto. O carnaval de Olinda propicia isso, todo mundo assumindo diversos personagens e brincando disso. Essa é uma característica legal daqui e é muito divertido.”

Usando um macacão azul colado ao corpo e com o rosto pintado da mesma cor, lentes amarelas e cabelo ruivo bem penteado para trás, a veterinária Narayana Araújo, 40 anos, estreou no mundo das superproduções de personagens. Ela conta que demorou uma hora e meia para montar a personagem, mas diz que o esforço valeu a pena. “As pessoas interagem, as crianças apontam: olha, ela está pintada!”, ri.

Outros personagens eram menos conhecidos, mas como estavam muito bem-feitos, chamavam a atenção e acabavam divulgando o herói escolhido. Como o monstro do pântano, uma história em quadrinhos de autoria de Alan Moore, incorporado pelo promotor de Justiça Elder Ximenes, 46 anos, de Fortaleza. “É um dos personagens mais fascinantes e poéticos que existem”, justificou.