Economia

5 problemas mecânicos mais comuns em motos

03/09/17 - 14h39
Hintigo

Os problemas mecânicos mais comuns em motos, coincidentemente ou não, relacionam-se com a segurança. Foi o que constatou uma avaliação da Abraciclo, a Associação Brasileira de Fabricantes de veículos em duas rodas.

O estudo de campo foi realizado em junho, e teve a participação de mais de 4 mil motos na cidade de São Paulo. Embora reflita uma realidade local, os resultados simbolizam muito do que acontece com motociclistas em todo o país. Todos os problemas detectados, sem exceção, estão ligados à falta de manutenção do veículo.

Problemas mecânicos mais comuns em motos: como evitar?

Os avaliadores da Abraciclo consideraram ao todo 21 itens e componentes vitais para o funcionamento das motos. Para espanto geral, os que apresentaram maior recorrência estão ligados ao conforto e segurança do motociclista. Acompanhe o artigo e saiba quais são, assim como a forma de evitá-los em sua magrela.

Nível do óleo

O número um dos problemas mecânicos mais comuns em motos encontrado em veículos paulistas é a falta de óleo. Verificar constantemente se o nível do óleo do motor está ok deveria ser como escovar os dentes, um hábito diário.

Um equívoco ainda cometido por motociclistas, principalmente os iniciantes, é verificar o nível do óleo da moto com motor frio. O correto é ligar o motor por cerca de 3 minutos, até que aqueça.

Depois disso, aí sim, verifique o real nível do fluido após desligar o motor.

Algumas motos podem exigir pelo menos 5 minutos com o motor ligado. Outras têm procedimentos próprios, como é o caso da Honda NX Falcon. Para fazer a verificação, retire a vareta e confira se o óleo está entre as marcas máxima e mínima.

No manual do proprietário, é possível saber passo a passo como trocar o óleo da moto.

Luz de Freio

Chega a ser engraçado, mas o segundo problema mais comum nas motos avaliadas foi a falta ou luz de freio sem funcionar. Tal descuido com uma peça tão barata (cerca de R$ 20, no máximo), é revelador sobre as causas dos problemas apurados. Os motociclistas, pelo menos em São Paulo, estão muito relaxados com suas motos.

Há modelos que contam com luz de alerta no painel caso uma ou ambas as lâmpadas queimem. É bom ficar muito atento, pois luz de freio queimada pode dar multa de R$ 130,16 e perda de 4 pontos na CNH por infração média.

Freio traseiro

Outro problema frequente, encontrado em 9% das motos avaliadas, foi defeito no freio traseiro. A detecção de eventuais falhas no freio de trás é simples. Primeiramente, a própria falha no acionamento do freio indica que pastilhas ou lonas podem estar desgastadas.

Chiados e ruídos metálicos ao acionar o freio também são indicadores de problemas. Caso sejam percebidos, deve-se procurar uma oficina especializada imediatamente. Freio, em moto, é questão de vida ou morte.

Freio dianteiro

Também com 9% de ocorrências verificadas, defeitos nos freios dianteiros estão em quarto lugar entre os problemas mecânicos mais comuns em motos. Os sintomas de problemas são similares aos que se apresentam nos freios traseiros. Chiados, ruídos e falhas na frenagem indicam que o freio da frente está nas últimas.

Um detalhe importante: especialistas em segurança recomendam que, ao frear, 30% da intensidade seja direcionada ao freio da frente. Os outros 70% devem ser aplicados nos freios traseiros.

Pneus traseiros carecas

A distribuição da força na frenagem deve ser observada, caso contrário, quem sofre são os pneus. Há motociclistas que desenvolvem o vício em frear apenas com os freios de trás, e isso acelera o desgaste dos pneus.

Além de observar a frenagem para evitar este que é o quinto dos problemas mecânicos mais comuns em motos, é preciso verificar a profundidade dos sulcos. Pneus de motos também contam com o indicador TWI, que serve para medir o quanto os pneus estão carecas. Se o sulco estiver no mesmo nível do indicador, é hora de trocar o pneu.