Economia

Como aumentar a vida útil dos pneus usados

23/04/17 - 15h08
E-Konomista

Componentes de extrema importância para a segurança e o conforto, os pneus precisam receber máxima atenção em relação ao seu estado de conservação. 

Pneus usados, mas em bom estado, garantem economia, o que não deve ser confundido com rodar até que eles fiquem carecas. Saiba como preservar seus pneus, prolongando sua vida útil sem prejuízo na segurança, conforto e estabilidade. 

Lembre-se sempre de que pneus em mau estado representam risco para você, seus passageiros e para outros motoristas. Não menos importante, rodar com pneus em mau estado é infração de trânsito grave, para a qual a punição é multa no valor de R$ 195,23 e perda de 5 pontos na CNH.

O QUE FAZER PARA TER PNEUS USADOS EM BOM ESTADO?

Destacamos cinco procedimentos que, seguidos à risca, vão garantir vida mais longa para seus pneus. Nunca é demais lembrar que eventuais dúvidas sobre períodos e quilometragem indicada para troca de pneus devem ser tiradas consultando o manual do proprietário.

1. CALIBRAGEM

Ponto mais crítico em relação à manutenção dos pneus usados, a calibragem nem sempre recebe a atenção que merece. Não bobeie nesse importante procedimento, que deve ser realizado semanalmente, uma vez que pneus perdem pressão interna toda vez que são submetidos a esforços.

Pneus vazios são um convite ao aumento no consumo de combustível, que pode subir em até 20% caso os pneus estejam calibrados incorretamente ou com pouca pressão. 

Certifique-se da pressão a ser utilizada na hora da calibragem no manual ou diretamente com o fabricante, visite o calibrador toda a semana e tenha pneus rodando por mais tempo, em melhor estado e mantendo o consumo de combustível ideal. 

2. PROFUNDIDADE DOS SULCOS

A melhor maneira de conferir se os pneus estão de acordo com as normas de segurança em rodagem é através do indicador TWI (Tread Wear Indicator). 

A altura dos sulcos nos pneus de carros de passeio não pode ser inferior a 1,6 milímetros, e, para medir com segurança esta profundidade, são inseridos entre os sulcos pequenos corpos emborrachados, sinalizados com a sigla TWI ou o símbolo de um triângulo.

Se o sulco do pneu se nivelar ao indicador TWI, não resta mais dúvidas de que é hora de trocar. No entanto, ao atingirem 3,5 milímetros, será o momento para executar o procedimento que descreveremos no próximo tópico, o rodízio de pneus.

3. O RODÍZIO DE PNEUS

A cada 10 mil km, recomenda-se trocar as posições dos pneus usados, ou seja, os de trás passam para a frente, e vice versa. 

Desta forma, prolonga-se sua vida útil, uniformizando o desgaste, já que os pneus que ficam no eixo dianteiro sempre se desgastam com mais rapidez, comparados com os de trás.

Em carros de passeio, como as rodas dianteiras respondem pela tração, é recomendável que os pneus que passarem para a frente sejam trocados também de lado, enquanto os pneus dianteiros que vão para trás devem ser mantidos nas mesmas posições laterais.

Não menos importante, jamais deixe de alinhar e balancear seu carro após trocar pneus de posição.

4. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO

Carro trepidando ou “dando de lado” indica que já está passando da hora de fazer o alinhamento das rodas e/ou o balanceamento do conjunto.

Pneus também sofrem desgaste por descuido no alinhamento e balanceamento, que deve ser feito a cada 5 mil km, preferencialmente em conjunto. Veja o que significam os diferentes barulhos nas rodas.

A desculpa de falta de dinheiro nem é admissível para deixar de fazer o alinhamento e balanceamento, já que ambos custam, no máximo, R$ 140,00.

5. ATENÇÃO A OUTROS SINAIS DE DESGASTE

Além da profundidade dos sulcos, a presença de bolhas ou deformidades são um sinal grave, e, se detectados, exigem a troca imediata dos pneus. Nesse caso, pode ser que você precise trocar apenas um par de pneus. 

Se for o caso, troque de posição, colocando os novos na parte traseira, já que eles são responsáveis pela estabilidade do seu carro.

A mudança de temperatura também gera alterações na pressão interna dos pneus. Portanto, se você mora em um local com oscilações constantes de temperatura, faça a calibragem pelo menos duas vezes por semana.