Economia

Quanto preciso ganhar por mês para poder ter um filho?

27/04/17 - 15h52


A decisão de ter um filho leva mais aspectos em consideração do que apenas sentir-se preparado. Um dos pontos mais importantes é se a vida financeira dos pais está em dia e, principalmente, se conseguirá suportar todos os gastos que chegam antes mesmo do bebê.

Para facilitar um pouco mais o planejamento de quem está desejando aumentar a família, o E-konomista mostra a média de valores gastos em cada fase da vida de um filho e quanto os pais precisam ganhar por mês para bancar desde o momento da gravidez até a sua saída de casa. Confira (e prepare-se!).

GASTOS DURANTE A GRAVIDEZ

Os gastos com um filho começam até mesmo para descobrir se a gravidez é real, afinal, o teste de gravidez e exames médicos já custam uma graninha. A consulta ao médico, por exemplo, varia entre R$ 100,00 e R$ 500,00.

Confirmada a gravidez, é hora de pensar no pré-natal (e todos os exames necessários nessa fase), assim como os gastos na hora do parto (internação, profissionais envolvidos…). Aqui, tudo pode chegar até 5 mil reais, caso os pais escolham fazer tudo na rede particular.

Para quem já paga um plano de saúde, não há tantos gastos extras, embora alguns itens sejam cobrados a parte. Nesse caso, o valor da despesa continua sendo o da mensalidade do seu plano.

Há ainda os gastos com a preparação para a chegada do bebê. Estima-se que entre roupas, carrinho, banheira e fraldas (muitas fraldas!), o gasto possa passar dos R$ 3.000,00. Por isso, vale a pena investir em um chá de bebê, a fim de ganhar vários desses itens.

Móveis para o quarto e decoração podem chegar até 10 mil reais. Mas é claro que, para quem tem um orçamento mais enxuto, os valores são outros. Berço, guarda-roupa e outros itens indispensáveis podem ser adquiridos, todos, por até R$ 2.000,00.

GASTOS DO BEBÊ RECÉM-NASCIDO

Com a chegada do bebê, os gastos não diminuem, pelo contrário. É hora de mais exames, vacinas, mais fraldas! Alguns exames chegam à R$ 200,00.

Aqui vale ressaltar que, exceto casos em que o bebê precisa de uma alimentação especial, esse é um período no qual os gastos com alimentação ainda não são contabilizados por conta do aleitamento materno.

DESPESAS DO PRIMEIRO ANO DO BEBÊ

Com o bebê crescendo, as despesas vão aumentando gradativamente. Algumas dicas para manter o orçamento enxuto são:

- Não gaste demais com roupas para o bebê. Por mais que seja tentador vê-lo cada dia com uma roupinha diferente, nessa fase a criança cresce rapidamente e, por consequência, perde as peças muito rápido.

- Invista sempre em peças um pouco maiores que o tamanho exato do pequeno. Assim elas serão usadas mais vezes.

- Não encha a criança de brinquedos e presentes, uma vez que ela ainda não tem muita noção dos objetos e pouco os aproveita. Prefira apenas itens que estimulam o desenvolvimento do bebê.

- Comemorar o primeiro aniversário do bebê acaba sendo mais importante para os pais do que para a própria criança. Pense se não vale a pena guardar o dinheiro e fazer uma festa quando o pequeno já tiver idade para se lembrar e aproveitar.

CUSTO ANUAL DE UM FILHO

Alimentação, saúde, bem-estar, lazer, educação! Esses gastos serão fixos com um filho todos os meses por anos seguidos. Provavelmente, até ele se formar na faculdade.

Veja a média do custo anual para manter um filho, de acordo com a classe social da família.

- R$ 53.700,00 (famílias com renda mensal de até 2 mil reais);

- R$ 407.100,00 (famílias com renda mensal entre 2 e 6 mil reais);

- R$ 948.100,00 (famílias com renda mensal entre R$6 mil e 25 mil reais);


- R$ 2 milhões de reais (famílias com renda mensal superior a 25 mil reais).

De acordo com os economistas, os gastos gerais com um filho até os 21 anos ficam entre R$ 200 mil e R$ 2 milhões. Mas, calma! Planejamento é tudo, principalmente para definir o que são gastos indispensáveis e os que podem ficar de lado.

Além disso, uma dica importante é saber quanto do orçamento mensal acaba sendo destinado para o filho. Em regras gerais, os especialistas indicam que os gastos com um filho não pode ultrapassar 30% da renda mensal do casal, em nenhuma fase da vida.

Planejar também é importante para garantir um alívio posterior nas finanças. Criar uma poupança para a criança só usar quando for para a faculdade anos mais tarde, por exemplo, pode ser muito útil.

Para ter um filho, você vai precisar sim de um dinheiro inicial. Mas ao longo dos anos, com o planejamento adequado e economia, o esforço acaba sendo menor do que parece.