O Flamengo conseguiu nesta quinta-feira arquivar o processo do Fluminense no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Procurador-geral do órgão, Felipe Bevilcqua, já havia entrado com um pedido para retratar o despacho do presidente Ronaldo Piacente, alegando insuficiência de provas. Em campo, o Flamengo venceu o rival por 2 a 1 e se manteve na briga pela liderança, ainda trás do Palmeiras.
Com a impugnação do resultado, o rubro-negro chegou a ficar sete pontos da primeira posição – além de um jogo a menos. Agora com o arquivamento do processo e anulação do julgamento, o elenco de Zé Ricardo se mantém a quatro pontos do Palmeiras. Do outro lado, o Fluminense promete entrar com recurso, mas a decisão não deve mudar novamente.
De acordo com o procurador Bevilacqua, a leitura labial feita pela imprensa não serve como prova no processo – assim como tentou o Fluminense: ""a prova de vídeo não possui valor já que houve a negativa do Inspetor de Arbitragem, assim também como a manifestação dos atletas em campo não podem ser considerada intervenção externa justamente por serem participantes"".
A alegação do Fluminense é que houve ajuda externa ao árbitro na anulação do gol de Henrique. Na ocasião, Sandro Meira Ricci assinalou gol, porém, o bandeira havia marcado impedimento. Mesmo assim, o lance acabou sendo validado, até que os jogadores do Flamengo pressionaram e o árbitro, misteriosamente, mudou seu ponto de vista. Pela TV, ficou evidente que o inspetor da arbitragem, Luiz Felipe Santos, acabou pesando nesta decisão ao afirmar, segundo leitura labial, "TV sabe que não foi gol".
Apesar da confusão, Sandro Meira Ricci acertou ao marcar impedimento, porém, isso só teria acontecido, se confirmar a ajuda do inspetor, com meios externos, o que pode ocasionar a anulação do clássico. O árbitro, em súmula, ainda relato que não houve nada de anormal na partida.
