Futebol

Cabo reconhece má atuação do CSA em derrota para o Figueira: "Noite muito ruim"

23/05/18 - 17h35
Pei Fon / Portal TNH1

A derrota por 4 a 1 para o Figueirense no Rei Pelé quebrou a sequência de quatro vitórias seguidas do CSA na Série B. Após a partida, o técnico Marcelo Cabo concedeu entrevista coletiva e justificou a má atuação do time no Trapichão. 

"Foi uma noite muito ruim do CSA. Poucas coisas funcionaram dentro daquilo que a gente pensou do jogo. A gente teve muita dificuldade no primeiro tempo, principalmente com eles jogando no 4-5-1. Tentamos corrigir no intervalo essa superioridade numérica deles. Infelizmente também não deu certo. Tomamos o segundo gol de contra-ataque. Com certeza pesou o curto tempo de recuperação". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

"A gente sabia que esse era um risco que ia correr, porque sempre que esteve atrás do placar teve que correr. Quando você está atrás do placar precisa ter um esforço muito maior. Foi notório a diferença física, o estado físico do Figueirense para a gente na beira do campo, era muito grande. Eles tinham essa supremacia física", completou. 

O placar negativo manteve os 15 pontos do CSA, que segue na segunda posição da tabela. O Azulão pode perder posições até o final da rodada. A próxima partida do time marujo na Série B é contra o Vila Nova na sexta (1º), às 20h30, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, Goiás, pela oitava rodada. 

Veja outros trechos da entrevista. 

Jogadores desgastados

"Tiveram mais um dia de recuperação, jogaram em casa. E a gente desceu para o intervalo com dois, três jogadores já pedindo um asterisco para terem atenção no decorrer do segundo tempo. Ficamos meio presos nas alterações, sabendo até o limite que os jogadores iam aguentar. Entendemos que foi muito pesado esse jogo de sábado [Londrina] e esse jogo de hoje. Tempo de recuperação muito curto após uma viagem. Isso culminou numa atuação muito abaixo do CSA". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

"Claro que não queremos tirar o mérito da vitória do Figueirense, que se houve muito bem. Mas a parte física pesou bastante para aquilo que a gente precisava, ter a competitividade necessária para que a gente pudesse sair com a vitória. Infelizmente não aconteceu. Precisamos ter tranquilidade porque o campeonato é longo. Venho avisando que esse tipo de revés vai acontecer na competição. A gente precisa ter tranquilidade e maturidade para poder reverter no jogo seguinte".

Walter no lugar de Michel

"A entrada do Walter no lugar do Michel quero deixar bem claro foi um protocolo médico e fisiológico. O Michel só poderia suportar, sem risco de lesão hoje, 30 minutos. Eu não seria louco de tirar o artilheiro do campeonato de um jogo se eu não tivesse uma restrição médica e fisiológica". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

"O substituto imediato [do Michel] é o Walter. Muda a característica do jogo. Temos que entender que o time não esteve bem, não foi só o Walter que não esteve bem. O time não esteve bem. A gente não conseguiu propor como nos outros jogos para que a bola chegasse nele, como tem que chegar para ele poder mostrar a qualificação dele. Como um todo, não só o Walter, mas toda a equipe não esteve bem".

Grupo muito enxuto?

"Engraçado que até a rodada passada não tinha esse questionamento de grupo. Sei muito bem o que estou fazendo. O grupo é qualificado. Temos jogadores no grupo que ainda não estrearam, estão sendo preparados para estrear. O grupo é calculado. Isso é planejamento. Não é por causa de uma derrota que vou rasgar todo o meu planejamento e jogar no lixo". 

"O grupo é qualificado. O número de jogadores é suficiente. Temos jogadores preparados para entrar. E numa Série B, rapaz, você não roda mais de 18 jogadores em um trabalho muito bem feito, muito bem planejado. Fique tranquilo que está tudo dentro dos conformes. O único ponto fora da curva foi essa derrota hoje pela maneira que foi e o placar que foi, que a gente não contava". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

Foi o adversário mais difícil?

"Nós pegamos outros bons adversários. Acho que a gente também pegou um adversário bem qualificado, mas facilitou as coisas também. A equipe não se encaixou, não esteve bem. Foi uma noite muito ruim no aspecto técnico, no aspecto físico e até mesmo tático. Precisamos ter a humildade de reconhecer que não estava num dia bom nos três aspectos fundamentais que o futebol pede. Continuo dizendo que a parte física foi preponderante para o nosso baixo rendimento". 

Tempo para recuperar

"Agora temos um tempo de 10 dias. Vamos recuperar bem os jogadores, fazer o planejamento para que possamos recuperar os pontos lá em Goiânia que deixamos aqui hoje. Se fizermos uma analogia, trocamos os resultados. Ganhamos em Londrina e perdemos em casa hoje. Infelizmente não é o que a gente pensava". 

"Realmente na tabela inicial nós jogaríamos com o Figueirense no sábado, não jogaria nesta terça. Tempo muito curto de recuperação. Agora vamos ter um tempo bom para recuperar os jogadores. E principalmente conversar com eles para que não deixem essa derrota trazer desconfiança ao nosso trabalho. Sempre falo que quando a gente perde não está tudo errado. Foi um dia muito ruim para a gente. Mas temos muita sabedoria e equilíbrio para retomar o caminho das vitórias". 

"Ter um período bom de trabalho até o jogo com o Vila Nova. Sabemos que é difícil enfrentar o Vila Nova, como era difícil enfrentar o Londrina e o Criciúma fora de casa. Mas esse momento pede tranquilidade. Analisar com razão, não emoção. Uma coisa é analisar performance, outra é analisar o resultado. Hoje a performance foi ruim e o resultado foi ruim. As duas coisas". 

CSA bem na tabela

"Parte a mim, comandante da equipe, analisar o todo com a cabeça fria e o equilíbrio para a gente retomar o caminha da vitória. Acho que a maioria dos competidores desta competição queria estar na situação do CSA hoje. A gente tem uma derrota em casa, mas talvez não saia nem da segunda colocação. Criamos uma gordura para esse revés. A competição é assim, tenho bastante experiência nela. Passei para os meus comandados agora, ter muita tranquilidade para que a gente possa fazer um grande jogo na próxima rodada". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

Falhas na marcação

"Não encaixamos a marcação. Eles jogaram com cinco por dentro. O balanço que o extremo da direita deles fazia por dentro e conseguia jogar entre as duas linhas. Tentei corrigir no intervalo e até começamos bem até o gol, a coisa estava bem encaixada. Mas depois do gol a gente se desarticulou muito. Normal que tivemos de buscar o resultado e eles propuseram o contra-ataque. Eles têm qualificação". 

Arbitragem

"Ah, cara. Eu falar de um pênalti no primeiro tempo agora, tomando de 4 a 1, é falar "Pô, cara, o que você está pensando da vida?". Mas foi com um minuto de jogo. Estava na minha frente. A bola bateu do lado da barriga do jogador e bateu no braço, na minha frente. Entendo que se ele deu o pênalti a favor do Figueirense, ele teria que ter dado o pênalti no começo do jogo".