O técnico Dado Cavalcanti concedeu entrevista coletiva na última quarta-feira (16), no CT Ninho do Galo, na Barra de São Miguel, e comentou sobre a provável formação do CRB contra o Luverdense. O treinador também explicou como está a procura por reforços para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Questionado sobre a preocupação com a chegada de novas contratações, Dado não se omitiu e revelou que o clube tem enfrentado dificuldades para fechar algumas negociações.
"É necessário ter a diferenciação. Tenho no elenco algumas opções e sempre deixei claro que confio nessas opções. Mas temos os espaços, temos lacunas e estamos atrás. Essa preocupação do Alarcon [Pacheco, diretor de futebol] também é minha e do presidente Marcos Barbosa. A gente vem convivendo já há três semanas. Não é que a gente parou de procurar e, quando surge a pergunta na imprensa, a gente volta a procurar. Não é isso. A gente vem buscando todo dia. Temos algumas opções. As opções acabam por algum motivo não podendo vir. Clube não libera, valores salariais acima do que nós podemos pagar, [jogador] já jogou duas competições brasileiras por times diferentes, Copa do Brasil e Brasileiro".
"Enfim, tudo isso impossibilita que a gente tenha contratado jogadores. Ficamos na agulha já por umas quatro vezes nessas duas, três semanas. Estamos procurando. Porque mesmo confiando nos jogadores que temos à disposição, ainda temos espaços. As saídas do Ytalo e do Maílson não foram preenchidas por ninguém, então ainda existem espaços e são essas posições que estamos buscando", completou.
Com retornos e desfalques, o técnico regatiano adiantou a provável escalação para a partida diante do Luverdense. O Galo deve ir a campo com Edson Kölln; Eduardo, Flávio Boaventura, Adalberto e Pedro Botelho (Diego); Yuri, Danilo Pires, Edson Ratinho, Chico e Elvis; Neto Baiano.
Neto Baiano está de volta ao ataque do Alvirrubro (Foto: Douglas Araújo / Ascom CRB)
O CRB treina com portões fechados nesta quinta-feira e encerra a preparação para a 21ª rodada da Segundona na sexta à tarde. O Regatas encara o Luverdense neste sábado (19), às 16h30, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O Portal TNH1 e a Rádio Pajuçara FM Maceió - 103,7 acompanham o confronto.
Veja outros trechos da entrevista coletiva com Dado Cavalcanti.
Mercado nas Séries A e B
"Temos que aproveitar a oportunidade. Está difícil para trazer os jogadores da Série A que nós queríamos. Às vezes os salários não cabem, às vezes o atleta não quer vir, faz parte, opção do atleta. Na Série B, aqueles que não fizeram a quantidade de jogos, também existe essa possibilidade e buscamos um ou outro também nessa condição".
Reforços das Séries C e D?
"A Série C está muito mais visível do que a D. Não por uma questão hierárquica de séries, não é porque na Série C tem jogador melhor que a D. Não é isso. É que é mais fácil de acompanhar a Série C do que a D. Obviamente os jogadores que se destacam numa Série D, para vir para uma Série B, existe um salto, uma mudança de dois espaços para buscar a questão de transposição de uma divisão para a outra. Talvez a adaptação demore mais. Talvez o risco seja maior. Talvez a possibilidade desse atleta vir e não jogar aumente. Estamos mensurando isso".
"A gente está tentando minimizar ao máximo o erro. Sabemos que corremos riscos, faz parte. Quem contrata acaba correndo risco da contratação não dar certo. Por mais certeza, por mais convicção que se tenha do atleta que venha, pode ser que ele venha aqui e não se adapte aos colegas, a família não se adapte à cidade nova, tenha outras dificuldades... Então esse é o pensamento nosso. Estamos tentando de todas as formas qualificar ainda mais o nosso elenco, estamos buscando e não estamos fechando o olho em qualquer divisão".
Quem joga?
"Temos alguns retornos. Flávio e Neto, esses dois não saíram por deficiência técnica, saíram por suspensão. A possibilidade de retorno é grande. A ausência do Rodrigo Souza [suspenso], conto com o Yuri, jogador que vinha jogando a maioria das partidas, está bem adaptado, acostumado a fazer o setor, vem fazendo bons jogos também. O Marcos Martins [machucado] vamos aguardar, mas existe uma dificuldade a mais. A possibilidade da estreia do Eduardo é grande, já vinha fazendo treinamento com o grupo. E os outros jogadores, nas outras posições, permanecem".
(Foto: Douglas Araújo / Ascom CRB)
Competitividade no elenco
"Isso é bom porque não fica ninguém acomodado. E eu prezo muito por essa competitividade interna. É importante que cada jogador faça o seu melhor em campo e sempre coloque uma "pulguinha" atrás da orelha do companheiro. Essa disputa é muito sadia. A competitividade deve existir, permanecer. O que não deve existir é rivalidade, e no nosso grupo não existe rivalidade. Todo mundo procura seu espaço, procura produzir o máximo. E óbvio que quem sai ganhando é o CRB".
Eduardo
"[Pé esquerdo] Talvez essa deva ser a principal particularidade do Eduardo. Não é um jogador que arranha com o pé esquerdo, é que ele bate com o pé esquerdo talvez até melhor que com a perna direita. A gente ganha uma arma mais naquele homem que joga por dentro. Sai do lado do campo e vem jogar por dentro. Ele tem essa característica. Bate bem no gol, finaliza a gol".
"Talvez essa deva a ser a grande diferença. O Marcos Martins é um jogador que usa mais o corredor lateral, que vem mais do lado do campo. O Eduardo, até por trabalhar com o pé esquerdo, vem para dentro do campo, procura o jogo por dentro, finaliza bem. Curiosamente nas bolas paradas ele também bate com o pé esquerdo. Temos esse ganho a mais nessa condição".
Luverdense
"O Luverdense tem uma característica desde que subiu, tem sido um visitante extremamente indigesto. Essa Série B talvez seja a mais difícil para o Luverdense. Nas outras que disputou, o Luverdense sempre esteve na primeira página, sempre e brigou lá em cima. A equipe era sempre uma mescla de jogadores experientes com mais novos. O Luverdense nos últimos jogos tem sido uma equipe muito solta".
"O jogo passado, contra o Juventude, por exemplo, o Luverdense jogou apenas com um volante, que era o Moacir. Mesmo assim o Moacir não é um volante de contenção, é volante de saída. Um cara que joga bem à frente, tem bom passe, boa saída. Jogaram com Mota e Marcos Aurélio por dentro, Douglas Baggio e Ratão dos lados, e Rafael na referencia. Ou seja, um time que joga para frente. Acho que essa é a dificuldade. Um time que joga fora de casa da mesma forma que joga em casa. Está demorando a se encontrar no campeonato, mas é um time forte, que tem qualidades, principalmente ofensiva".
