De olho na terceira partida sob o comando do CRB, o técnico Doriva ajusta o time para o confronto com o Juventude neste sábado (21), em Caxias do Sul, pela 16ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva na quarta (18), no CT Ninho do Galo, na Barra de São Miguel, Doriva afirmou que é preciso dar sequência ao bom momento conquistado com as duas vitórias iniciais. Veja a entrevista completa no fim da matéria.
"Definido ainda faltam algumas coisas, até porque temos dois dias de trabalho. Estamos buscando uma formação bastante consistente, uma equipe sólida para que possamos fazer um grande jogo lá. Dar sequência nesse momento bom que estamos vivendo, acho que isso é importante. A Série B tem mostrado jogos duros, difíceis, equilibrados. Você tem que saber a competição que está disputando. Temos percebido isso. Temos que saber montar as equipes de acordo com os adversários para ter sempre uma equipe forte, para explorar todas as variantes do jogo", opinou.
Sem Willians Santana, vetado pelo departamento médico por causa de uma contratura muscular, Doriva vai mexer na equipe. Leílson e Mazola disputam a vaga na equipe. Com dores musculares, os volantes Claudinei e Lucas preocupavam, mas devem ir para o Rio Grande do Sul.
"Estão trabalhando. São jogadores que geraram uma preocupação, porém, estão aptos e trabalhando. Acredito que não serão problemas e vamos poder contar com eles 100% na partida", explicou Doriva.
(Foto: Ascom CRB)
As vitórias sobre São Bento e Boa Esporte tiraram o Galo do Z-4. O Regatas agora tem 18 pontos e ocupa a 12ª colocação. O jogo contra o Juventude pode afastar ainda mais o time alagoano da zona do rebaixamento e levar para o primeiro bloco da tabela. O CRB enfrenta o Juventude neste sábado, às 16h30, no Estádio Alfredo Jaconi. O Portal TNH1, a TV Pajuçara e a Rádio Pajuçara FM Maceió - 103,7 acompanham a partida.
Veja outros trechos da entrevista.
Felipe Menezes
"Na sequência vamos utilizar. O Felipe acho que já vai estar apto para esse jogo. Provavelmente estará na lista [relacionados]. É um jogador que tem uma qualidade que não temos. É um meia de ligação, jogador lúcido, tem uma leitura muito boa do jogo. De repente o ritmo de jogo ainda faz falta, precisamos ter a cautela para estar utilizando. Mas com certeza é uma peça a mais que você tem. E nesse campeonato você precisa ter as opções, as possibilidades. A gente tento, vai escolher o melhor momento para ir utilizando".
(Foto: Ascom CRB)
Cleiton Xavier e Felipe Menezes podem jogar juntos?
"São circunstâncias. Depende. Pode haver algum momento do jogo para os dois jogarem juntos. Podem jogar os dois juntos sem o atacante, jogar com dois meias sem referência. Não é a minha escolha inicial jogar com os dois. Isso eles vão me mostrar durante os trabalhos e as performances. O mais importante é termos duas peças qualificadas, com o lastro de alto nível nas costas, que é o caso dos dois. E você saber utilizar no momento certo".
"Sabemos que as características se equivalem, são jogadores de organização, ambos. Não são jogadores que têm no DNA a participação defensiva, e hoje o futebol exige isso. De repente algumas coisas pesam a favor e outras contra. O mais importante é tê-los aptos para utilizarmos no momento adequado".
Elenco
"Não pedi a saída de ninguém, nem tampouco a chegada. Estamos em processo de avaliação do nosso elenco. Sabemos que o mercado é muito difícil. Tem atletas que estão aqui e que não tiveram ainda oportunidade de jogar. Você precisa ter um diagnóstico preciso. Vejo o elenco do CRB formado. Se precisarmos, será de uma ou duas peças para a sequência. Estamos pensando bem isso aí, estamos sempre conversando. Por enquanto não surgiu essa peça que nos faça pensar em contratação".
"Estamos satisfeitos com o que temos aqui. E tenho dito isso para eles constantemente. Nível muito bom de trabalho dos atletas envolvidos. Não tenho o que reclamar de nenhum deles, todos estão envolvidos no trabalho, fazendo aquilo que pedimos. Óbvio que uns estão tendo mais oportunidade e outros não. Isso é a sequência que vai dizer se o atleta vai ter a oportunidade".
"Uma coisa que sempre saliento para eles é que o tratamento é igual para todos. Aqueles que estiverem melhor, na minha óptica óbvio, vão estar jogando. Cabe ao atleta aproveitar a oportunidade. O atleta está na arena para aproveitar a oportunidade. Temos os pré-requisitos que pedimos, avaliamos para ver se o atleta foi bem ou não, isso é uma coisa particular nossa".
Finalizações
"São dois parâmetros diferentes. Contra o São Bento, nós propusemos o jogo, ficamos em cima do adversário os 90 minutos, criamos um monte de situações, cruzamentos, definições e só fomos fazer o gol no minuto 40. No jogo do Boa já foi outra circunstância. O Boa teve um volume maior, mas a gente teve ocasiões no primeiro tempo que deveria ter aproveitado melhor. Teve a do Neto, que entrou na perna boa dele, mas ele tentou cortar. Se ele chuta ali, poderia ter feito o gol porque o chute dele é muito bom. Poderia mudar a circunstância da partida".
"Óbvio que ficamos sempre preocupados com a definição. É importante. O que vai nos trazer a vitória são os gols. Afinal de contas quando fazemos um gol, podemos ganhar de 1 a 0. Estamos sempre estimulando durante a semana esse tipo de trabalho, essas situações para o atleta estar aproveitando melhor as ocasiões. O mais importante de tudo é você criar as oportunidades".
"Às vezes você não consegue controlar esse tipo de situação de gol. Mas consegue controlar o nível de performance. E eu me preocupo mais com o nível de performance. A equipe estiver jogando bem e tendo volume, automaticamente vão surgir as oportunidades. Aí sim a gente tem que que ter calma, ser preciso para poder fazer os gols".
