Futebol

Há quase um ano no Profut, CSA mantém débitos em dia e projeta futuro vitorioso

21/10/16 - 17h40
Alysson Frazão/Ascom CSA

Prestes a completar um ano no Programa de Modernização do Futebol Brasileiro, o Profut, o Centro Sportivo Alagoano escreveu, em 2016, capítulos importantes de sua história. A temporada, que começou apenas com a confirmação no Campeonato Alagoano, foi encerrada com o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro. Os débitos fiscais e trabalhistas continuam com os pagamentos mensais e o calendário cheio em 2017 atiça a ambição dos azulinos para o futuro. 

Ao final de 2015, o CSA apresentou o resultado da contabilidade das dívidas fiscais com a União, totalizando o valor de R$ 3.114.934,37 em débitos. O Profut permitiu ao clube parcelar os débitos em até 240 meses (20 anos), com 70% de redução no valor das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais. Dívidas relativas ao pagamento do FGTS puderam ser parceladas em até 180 meses. A adesão ao programa abateu quase R$ 900 mil em descontos e finalizou o déficit fiscal marujo em R$ 2.280.830,01.

CSA PROFUT vale essa

Documento disponibilizado pelo CSA no final de 2015 apontava a contabilidade final da dívida fiscal inclusa no Profut (Foto: Reprodução/CSA)

Diretor jurídico do CSA, o advogado Ricardo Omena não esconde a satisfação em ver o clube em sintonia com a pasta financeira. 

"São mensalidades pagas rigorosamente em dia, sob pena de perder as certidões em caso de não pagamento. Hoje, o CSA consegue todas as suas certidões. Todos os débitos estão parcelados. Temos uma programação mensal. Isso trouxe benefício ao clube", afirmou.

Em dia com as contas, o Azulão tem todas as certidões de regularidade fiscal do INSS, FGTS e a Receita Federal. São certidões conjuntas positivas com efeito de negativa de débitos. Segundo Omena, a Certidão Negativa de Débito Trabalhista não está inserida no Profut por conta do acordo entre CSA e Tribunal Regional do Trabalho. 

"O acordo vem sendo feito há uns quatro anos e a cada ano é renovado. Acredito que antes do mês de novembro vamos nos reunir com o presidente do TRT para fazermos um projeto para 2017. Viabilizou a atividade do CSA, foi fundamental esse acordo, muito benéfico. Conseguimos acabar com os bloqueios de renda, como chegou a acontecer de até a Polícia Federal chegar na bilheteria para confiscar valores que estavam lá. O clube hoje não deixa as ações novas irem à frente. Cerca de 80% das novas ações que entraram, o CSA quitou de imediato", revelou.

A reunião do Conselho Deliberativo marujo nesta semana reuniu diretoria e conselheiros para debater patrocínios, planejamento estratégico e, entre outros assuntos, a prestação de contas. O diretor jurídico informou que uma das metas postas na reunião foi a quitação dos débitos trabalhistas em aproximadamente dois anos. 

"Tudo isso será colocado na prestação de contas. O Conselho Fiscal vai analisar tudo isso e depois repassará ao Conselho Deliberativo. Os pagamentos do Profut estarão lá, assim como o acordo do TRT", explicou Omena, confirmando que o CSA paga mensalmente R$ 20 mil ao acordo trabalhista e cerca de outros R$ 20 mil mensais das parcelas do Profut.

Presente em gestões antigas no Mutange, Ricardo Omena analisou positivamente a temporada 2016. 

"Acho que o CSA está colhendo o que plantou há muito tempo. O torcedor não conseguia ver isso. O CSA não vinha conseguindo obter o resultado no futebol. A estrutura estava sendo montada. Quando chegou essa nova equipe a título de "Resgate do Azulão", realmente deu continuidade à reestruturação do clube. O CT com três campos, a concentração melhorada. Profissionalizar o CSA é uma perspectiva muito boa. Agora é colher frutos no futebol com títulos, pegar uma Série B, cuidar da base...", projetou.