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"Leão de Aço": militares lamentam morte de ex-comandante da PM

Em sua administração, Coronel Nilton Rocha criou a Cavalaria, o Canil, a Companhia Feminina, além de outros departamentos na corporação.

18/01/16 - 17h45
Reprodução

O governador Renan Filho (PMDB) ainda não se pronunciou se vai decretar, nesta terça-feira (19), luto oficial no Estado, em homenagem ao ex-comandante da Polícia Militar, coronel Nilton Rocha, morto em um acidente de trânsito na tarde desta segunda-feira (18). O militar da reserva esteve à frente da corporação no período de 1991 a 1993, durante o governo de Geraldo Bulhões.

Atualmente o oficial integrava o Conselho Consultivo dos ex-comandantes gerais da instituição, criado pelo comandante-geral, coronel Lima Júnior, como forma de reconhecer os esforços dos ex-comandantes que tanto engrandeceram o nome da corporação.

Em seu comando, o “Leão de Aço” como era conhecido, foi um grande empreendedor da corporação, sendo responsável pela criação de unidades como a Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello; o Canil do Batalhão de Operações Especiais (Bope); o Regimento de Polícia Montada D. Pedro I; a Companhia de Polícia Feminina; o funcionamento do Centro Hospitalar da Polícia Militar; dentre outras.

Nilton Rocha também foi acusado, à época, de ingressar na Polícia Militar, pessoas não adequadas ao perfil da corporação.

Repercussão

O secretário de Segurança, Alfredo Gaspar de Mendonça, enviou nota por sua assessoria, na qual lamenta a perda abrupta do oficial e que reconhece seus méritos à frente da corporação, implantando a modernidade e garantindo avanços importantes. 

O Comando da Polícia Militar, também em nota, lamentou profundamente a perda do oficial. "A PM externa seu pesar à família do coronel e se coloca à disposição para o que se fizer necessário".

O presidente da Associação dos Oficiais da PM, major Fragoso, disse que a PM perde uma lenda. "Um comandante que amava a corporação e que foi responsável pelas grandes mudanças estruturais que tivemos na polícia. Foi na administração dele que a tropa teve novo fardamento e que foi valorizada em seus vencimentos. Ele vai ficar para história" - disse Fragoso.