Interior

Ato pede retorno de prefeito acusado de agredir esposa

10/07/17 - 12h09
Assessoria

Nesta segunda-feira (10), um grupo de apoiadores do prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa, preso no fim do mês passado acusado de agredir a companheira e a mãe dela, foi às ruas da cidade pedir a soltura do prefeito para que ele volte a administrar a cidade. 

O ato se mostrou controverso pois os manifestantes pedem o retorno do gestor, independentemente da acusação de violência contra a mulher. 

Dona Maria José, aposentada de 67 anos, participou da manifestação, diz que a intenção quis chamar a atenção da Justiça. "Não estamos em situação de julgar ninguém pela sua vida pessoal, o que queremos é preservar um mandato", destacou. Os manifestantes foram ao Fórum da cidade, onde protocolaram um abaixo-assinado.

No dia da prisão, a polícia divulgou que existem dois Boletins de Ocorrência contra Leopoldo referente a violência doméstica. Um deles é de 20 de julho de 2015 e o outro de 21 de junho deste ano. As vítimas são a esposa e a sogra. Ele também já foi preso por uso de documento falso em 03 de março de 2013, quando exercia a função de vereador.

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ), desembargador Otávio Leão Praxedes, relatou na decisão que determinou a prisão do prefeito que a esposa dele “chegou a desmaiar de tão forte que foram as agressões”. O desembargador disse ainda que a denúncia oferecida contra o prefeito diz que a esposa foi “brutalmente agredida”.

O prefeito permanece preso no Sistema Prisional de Maceió. A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou que não pode divulgar em qual presídio Leopoldo está por uma questão de segurança.

A reportagem tentou ainda contato com o delegado Vinícius Ferrari, que investiga o caso, mas ele está de férias. Já o Coordenador da Delegacia Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegado Mário Jorge Barros, não atendeu nossas ligações.

TNH1 ainda tentou ouvir  o promotor da cidade, Marlisson Andrade, que pediu a ação restritiva contra o gestor, e o procurador-chefe do Ministério Público Estadual (MPE), Alfredo Gaspar de Mendonça, mas não conseguiu contato.

De acordo com os organizadores, o evento contou com a participação de 1.500 pessoas, que vestiam roupas de cor preta e carregavam cartazes e faixas com frases de apoio. O TNH1 não conseguiu confirmar esse número com o Grupamento de Policia Militar (GPM) de Maribondo, que pertence ao 10º Batalhão.