Justiça

TRE-AL julga nesta 5ª cassação de mandato de vereador condenado por homicídio

Luciano Lucena frequenta as sessões da Câmara Municipal de Palestina usando tornozeleira eletrônica

25/10/17 - 12h50

O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) continua em sessão nesta quinta-feira, 26, o julgamento de  recurso que pede a cassação do diploma do vereador Luciano Lucena de Farias (PMDB), da cidade de Palestina, condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado

Em dezembro de 2016 Lucena foi condenado pelo  assassinato de Manoel Messias Simões, em 2009, na cidade de Pão de Açúcar. Um mês após a sentença, o réu foi colocado em liberdade, em decisão do desembargador Sebastião Costa Filho, e desde então usa o monitoramento por tornozeleira eletrônica, apetrecho com o qual tem frequentado as sessões da Câmara Municipal.

O recurso foi impetrado pelo suplente de vereador da coligação "Aqui quem manda é o povo", Gerson Carvalho Cordeiro. O relator do processo é o desembargador eleitoral Paulo Zacarias da Silva.

Luciano Lucena não atendeu aos telefonemas da redação do TNH1 para comentar as expectativas para o julgamento, ficando a reportagem à disposição para ouvir o vereador.

O Julgamento

O juiz também determinou o pagamento de indenização pelos júris adiados. Era para o réu ter sido julgado no dia 8 de junho deste ano, mas ele não compareceu à sessão.

O júri foi remarcado para 22 de agosto e, mais uma vez, Luciano Lucena não esteve presente. A alegação foi de que teria sofrido um acidente de carro a caminho do Fórum. O acidente, segundo o magistrado John Silas, não ocorreu, tendo sido mais uma tentativa do acusado e da defesa de atrasarem o julgamento.

Durante interrogatório, o réu confessou o crime, mas disse ter agido em legítima defesa, após sofrer ameaça de morte da vítima. “Perguntei se era verdade que iria me matar e ele respondeu que sim, já retirando a mão do bolso. Quando dei conta já estava atirando nele. Agi para evitar minha morte”.

A defesa do acusado foi feita pelo advogado Luiz Augusto. Já a acusação ficou a cargo do promotor de Justiça Antônio Vilas Boas.