Mais de 100 profissionais, entre motoristas e cobradores de ônibus que trabalham no transporte coletivo de Maceió, estão afastados por conta de traumas desenvolvidos após terem sido assaltados. E o número de afastamentos se multiplica, porque os roubos não param de acontecer.
Na segunda-feira (29), mais um assalto terminou de forma violenta, com dois mortos e um ferido, após troca de tiros dentro do veículo, no bairro do Jacintinho.
A câmera de segurança do coletivo gravou toda a ação. Um sargento da PM de Alagoas, José Ferreira Araújo, reagiu e matou um suspeito, José Cláudio da Silva Júnior. O policial foi ferido no peito e está internado na UTI do Hospital Geral do Estado, na Capital. O passageiro Alonso Lopes, 66 anos, também foi atingido e morreu.
A cobradora do ônibus ficou em meio ao fogo cruzado e viu as três pessoas serem baleadas. Seu semblante minutos após o crime resumiu o sentimento da categoria: pânico.
Os rodoviários estão preocupados. O diretor de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Alagoas (Sinttro), Alexandre Sobrinho, confirma que a cobradora receberá apoio psicológico.
“O trauma, quem diz, é cada rodoviário. Existe assalto que você volta a trabalhar no dia seguinte, mas tem assalto que você não volta mais”, revela.
A polícia alagoana prendeu um suspeito de participar do assalto e ainda procura uma mulher também envolvida no roubo.
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