Meio Ambiente

Poluição: praias de Ponta Verde e Avenida amanhecem com manchas escuras

18/12/15 - 11h25

Mancha foi encontrada na orla de Maceió (Crédito: Cortesia/Internauta)

Mancha foi encontrada na orla de Maceió (Crédito: Cortesia/Internauta)

Duas manchas escuras surgiram na orla de Maceió após a forte chuva que caiu na manhã desta sexta-feira, 18. Imagens enviadas por internautas ao TNH1 mostram o escoamento de galerias pluviais com líquido de cor escura, diretamente no mar das praias de Ponta Verde e da Avenida.

De acordo com a estudante Rafaella Kissy, a mancha da praia da Avenida está localizada perto de uma loja de departamento. "A que está perto da loja juntou com a que está saindo do [riacho] Salgadinho e ficou uma mancha bem maior", disse a estudante.

O secretário municipal de Meio Ambiente, David Maia, afirmou que a mancha localizada na Ponta Verde é recorrente. “É a mesma que ocorreu em junho. Nós já identificamos várias ligações clandestinas na região e várias nessa saída”, afirmou Maia. “Esta semana descobrimos uma na Rua José Pontes de Magalhães, e eram caixas de gordura de vários restaurantes que causaram transbordo no sistema da Casal, e está vindo esgoto para a galeria”, explicou.

Segundo Maia, vários problemas foram identificados na Avenida Amélia Rosa, e todos estariam gerando poluição na região onde a mancha da Ponta Verde está localizada. “O que nós observamos é que o volume de água é muito grande. Lógico que é por causa da drenagem pluvial. A chuva foi muito forte hoje, mas não era para estar saindo nessa coloração e nem com esse mau cheiro”, disse o secretário.

‘Ligações maquiadas’

Para o secretário, ligações clandestinas ainda não localizadas estão agravando a situação. “O que a gente imagina é que têm algumas ligações que ainda não foram identificadas e que estão ‘maquiadas’, porque devem estar acumulando com o passar do tempo, e a sujeira só é liberada na tubulação quando chove. Ela vai se agravando, e quando vem a chuva é que deságua”, explicou Maia.

O próximo passo, segundo ele, é localizar os problemas. “Temos que identificar onde é que está ocorrendo esse fato, e é isso que a nossa equipe está fazendo neste momento, inclusive com coleta da água para saber o que é que tem, qual o nível de contaminação e quem são os autores. Mas são duzentos anos de contaminação, não é do dia para a noite que vamos encontrar todos”, finalizou.