Polícia

Agressão a funcionário da OAB não deve ser classificada como tentativa de homicídio, diz delegado

19/06/18 - 11h41
Letícia Cardoso / TNH1

Os policiais militares do Batalhão de Polícia de Trânsito de Alagoas (BPTran-AL), envolvidos na agressão ao funcionário da OAB, José Geovânio da Graça, no dia 4 deste mês, não devem ser indiciados por tentativa de homicídio. Eles foram ouvidos nesta terça-feira, 19, no 6º Distrito Policial, em Cruz das Almas.

O delegado Robervaldo Davino, responsável pelo caso, afirma que não houve intenção de matar, já que o tiro foi em direção à perna do homem. “Todos nós, que somos seres humanos, sabemos onde temos que atingir alguém para tirar a vida. No momento em que você atira na perna, dificilmente essa pessoa irá falecer”, explica. Davino completa que com os depoimentos tomados, já há um entendimento sobre o fato, mas prefere não adiantar a conclusão.

Para que o inquérito seja finalizado, o delegado aguarda o resultado dos exames de corpo de delito de todos os envolvidos, assim como imagens dos circuitos internos do Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, do Hospital Geral do Estado, e câmeras de segurança da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito para checar o deslocamento.

A Polícia Civil apurou ainda que José Geovânio responde a um processo por tentativa de homicídio contra um homem que estuprou sua filha, há sete anos, quando ela tinha cinco anos de idade. Ele é funcionário da OAB desde 2008 e presta serviços próximo ao Fórum.

O caso

O fato ganhou repercussão depois que circularam nas redes sociais imagens que mostraram o momento em que José Geovânio foi baleado durante uma ação de militares do BPTran, no estacionamento do Fórum do Barro Duro, em Maceió. No vídeo, é possível ver que dois militares discutem com ele. Momentos depois da discussão, o homem tenta fugir e um dos militares atira.