Polícia

Amigo de alagoano morto em blitz na Paraíba diz que eles não estavam armados

23/10/16 - 10h34
Reprodução

O amigo do universitário Cícero Maximino da Silva, morto ao ser baleado durante uma blitz na Paraíba, conversou com a imprensa paraibana e informou que não teria visto a intervenção da Polícia Militar, e também negou que eles estivessem armados.

O rapaz, que não quis se identificar, contou que ele e Cícero Maximino, conhecido como Eduardo Silva, estavam passeando pela Avenida João Maurício. “Eu não vi a blitz”, disse. Segundo ele, momentos depois, sentiu um impacto na moto e ao olhar para trás, viu o amigo no chão. “Como a avenida é de mão única, entrei na primeira rua, parei a moto e voltei correndo”, contou à imprensa.

De acordo com um policial militar da Paraíba, que conversou com a reportagem do TNH1 por telefone, o estudante estava de moto e não teria obedecido à ordem de parada. Segundo nota divulgada pela PM da Paraíba, neste sábado, ele estava acompanhado de outro homem.

Em seguida, um dos ocupantes da moto teria sacado uma arma, o que levou um dos policiais a atirar contra o jovem. O tiro atingiu uma região entre a cabeça e o pescoço, segundo informou ao TNH1.

Eduardo chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em uma viatura da Força Tática, mas morreu antes de receber atendimento médico, segundo informações colhidas por sites locais.

Amigo nega versão da PM

O jovem que afirma estar com Eduardo na moto negou tanto a posse da arma como também a informação de fuga após o tiro sofrido pelo alagoano. Segundo o amigo, o local onde o corpo de Eduardo caiu foi isolado pelos militares, e mesmo afirmando conhecer a vítima, seu acesso foi negado.

O amigo de Eduardo alegou ainda que a dupla estava com uma mochila com seus documentos e três celulares, sendo dois dele e um de Eduardo.