Polícia

Caso Neguinho Boiadeiro: polícia detalha dinâmica do crime

23/02/18 - 12h34

Alex Sandro Rocha Pinto, de 45 anos, conhecido como Sandro Pinto, vereador por Batalha, o sobrinho dele, Rafael Pinto, e um terceiro homem, identificado apenas como Kleber, são os envolvidos na morte do vereador Adelmo Rodrigues, o Neguinho Boiadeiro, em novembro passado, segundo confirmou a Polícia Civil de Alagoas, nesta manhã.

Assassinato de Tony Pretinho em Batalha também já foi esclarecido

O que a polícia ainda não diz é qual a participação de cada um. Durante entrevista coletiva para falar do caso, nesta sexta (23), o delegado Cícero Lima disse que a motivação do assassinato também já é conhecida, mas não vai ser revelada. O caso pode ter ligação com os crimes que ocorreram após a morte de Boiadeiro, onde o pecuarista José Emílio foi baleado e com o homicídio de outro vereador, o Tony Carlos Silva de Medeiros, conhecido como Tony Pretinho, em dezembro do ano passado.

De acordo com o delegado Regional de Arapiraca, Gustavo Xavier, que participa da comissão de delegados que investiga o crime, a polícia investiga uma possível ligação entre eles. "Nós investigamos isso, mas ainda é prematuro afirmar com certeza porque as outras duas investigações, onde há outras duas equipes atuando, estão em curso. Ainda assim, é uma possibilidade", explicou.

Dinâmica do crime

A polícia divulgou para a imprensa que dois homens participaram da execução do assassinato de Neguinho Boiadeiro. Eles usaram um veículo Cobalt roubado em Maceió dois meses antes do crime. O veículo foi filmado por câmeras de segurança quando saía da cidade de Major Isidoro, quando chegava a Batalha, onde ocorreu o homicídio, e ao sair da cidade, após o crime. Ele foi queimado em Major Isidoro.

Há também imagens dos supostos autores, que foram reconhecidos por testemunhas. Uma delas, não teve dúvidas ao apontar quem eram os suspeitos (foto abaixo).

Para conhecer a dinâmica dos vereadores na Câmara de Batalha, eles distribuíram panfletos em nome da empresa WP Serviços Gerais. WP seriam as iniciais de Wellington Pereira, que pode ser apenas um nome fictício.

De acordo com a investigação, o crime foi planejado por dois meses. Foi possível fazer essa conclusão porque o carro usado pelos autores foi roubado no bairro de Cruz das Almas, em Maceió, exatamente dois meses antes do crime, por quatro pessoas em duas motos.

Para a pratica do assassinato, foi usada uma pistola 9 milímetros, não localizada. Uma arma de mesmo calibre foi usada para matar Tony Pretinho, mas a polícia nega que tenha sido a mesma.

Uma pessoa envolvida no caso ainda continua foragida.