Polícia

Família confirma que corpo é de idoso desaparecido e suspeita de crime premeditado

23/08/16 - 16h28

Familiares de José Maria Lopes, de 73 anos, que estava desaparecido desde o dia 5 de julho, confirmaram ao TNH1, que o corpo encontrado no último dia 30, em um local de difícil acesso do bairro do Barro Duro, em Maceió, é mesmo do idoso. O resultado do exame de DNA saiu na última sexta-feira e o corpo foi sepultado nessa segunda-feira (22), no município de Murici, de onde ele era natural.

Relatório divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML) afirma que o corpo encontrado foi atingido por objeto perfuro cortante. O neto de José Maria, Erick Lopes, confirmou as informações e disse que o seu avô sofreu um golpe de arma branca, no lado direito do estômago, sofrendo hemorragia e entrando em óbito.

“Nós nos sentimos aliviados com o resultado do exame, porque podemos enterra-lo e sepultá-lo com dignidade. O resultado saiu sexta, mas só tivemos a liberação do corpo ontem e como ele não estava em uma geladeira no IML nós realizamos o sepultamento e o enterro ontem mesmo, em Murici. Não deu tempo de avisarmos a todo mundo, mesmo assim muitos familiares compareceram”, afirma Erick.

Ainda de acordo com Erick, o próximo passo da família é finalizar o inquérito por homicídio. “Nós fomos ontem ao encontro do juiz Odilon Marques, buscar a petição de suprimento de óbito, porque o resultado demorou mais de 20 dias para sair e o prazo legal é de apenas 15, então, nós precisamos dessa petição para ter a declaração de óbito dele e dar entrada em questões legais como aposentadoria e até mesmo apresentar como prova dos autos no inquérito policial”, explica.

Desavenças familiares e crime premeditado

Erick Lopes revela também que seu avô não tinha inimigos, mas que havia tido desavenças familiares recentemente. “Não faço ideia de quem tenha sido e também não posso falar demais para não atrapalhar as investigações e também não acusar sem provas. O que eu posso dizer é que recentemente ele teve algumas desavenças familiares. É preciso ter provas. Mas pelo local de difícil acesso e a maneira que foi, nós suspeitamos que o crime tenha sido planejado.

Com o resultado do exame de DNA, a família vai buscar informações sobre a investigação por assassinato. Segundo Erick, representantes da família e o delegado da Delegacia de Homicídios responsável pelo caso irão se reunir com o delegado de Pilar, José Carlos Santos, que era o responsável pelo caso antes de ser transferido para a Homicídios.

“Como nós ficamos esperando a confirmação do exame, vamos buscar amanhã de manhã mais informações com o delegado do caso para finalizar esse inquérito, descobrirmos quem matou meu avô e acabar de vez com essa aflição”, detalha.