Polícia

Grupo preso nesta quarta usava fardas e distintivos policiais para cometer crimes

De acordo com o Ministério Público Estadual, a quadrilha participou de um roubo a residência na Serraria, em junho passado

21/02/18 - 11h30
Reprodução vídeo

Uma quadrilha presa na manhã desta quarta-feira (21) durante operação costumava usar fardas de policiais civis, inclusive usando distintivo, para facilitar o acesso aos alvos e cometer os crimes. As prisões ocorreram em Maceió e região metropolitana, e na cidade de Joaquim Gomes.

De acordo com o Ministério Público Estadual, uma das ações do grupo ocorreu em junho do ano passado, quando os assaltantes invadiram uma residência próximo ao Murilópolis, na Serraria.

Um vídeo feito por câmeras de segurança do local mostra a chegada dos falsos policiais. Eles mostram os distintivos para ter acesso à residência; assista:

Na ocasião, o grupo criminoso utilizou uma caminhonete Amarok, de cor branca e placa ORE-9436, que estava clonada. O Ministério Público informou ainda que o crime foi truculento, e a vítima foi espancada e ameaçada.

No assalto, foi levado o valor de R$ 9 mil e 41 relógios de grandes marcas, dos quais 21 foram recuperados durante os cumprimentos de mandados desta manhã. Antes de cometer o crime, o grupo teria sido informado que a família guardava uma grande quantia em dinheiro.

Três dos seis suspeitos de integrar a quadrilha foram presos. Eles foram identificados como: José Adelson Ferreira de Melo e José Humberto Bezerra (em Joaquim Gomes) e Vanildo Luis de Oliveira, conhecido como “marreta”, em Maceió, sendo este último apontado como autor intelectual do crime. O MP afirmou ainda que o grupo era comandado por Moisés José de Almeida, foragido do sistema prisional alagoano e preso no estado de Sergipe.

Um homem morreu durante a operação e foi identificado como David de Souza Xavier, vulgo Deivinho do Pilar.

Os demais integrantes seriam Rosevaldo Pedrosa de Albuquerque Júnior, vulgo Cara de Jaca, foragido, e Joel Antônio do Nascimento Filho, conhecido como Jota de Caruaru, também foragido. Ele já era procurado pela polícia de Pernambuco, onde tem cinco mandados de prisão. Todos os suspeitos foram reconhecidos pelas vítimas.

Além deles, Diego César Santos de Lima, vulgo Diego Gordinho da Beira da Lagoa, que já se encontrava preso em Pernambuco, por roubo de veículo, teve o mandado de prisão cumprido.

Ao todo foram oito meses de investigação. A operação intitulada “Imperium" ocorreu em Maceió, na Região Metropolitana e em Joaquim Gomes com mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

Material apreendido

Durante a operação, os policiais apreenderam duas motocicletas de placas NMO-9263/AL e QKS-6143/AL, também um RG falso em nome de Leandro Domingos Santos, uma balaclava, um revólver, dois carregadores de pistola calibre 380 municiados, um carregador de pistola 9mm, algumas munições para revólver de calibre 38 e uma de calibre 762 para fuzil, todo material de posse de “Deivinho” que veio a óbito durante resistência.

Em Joaquim Gomes, com os dois presos foram encontrados um revólver de calibre 38, uma espingarda, munições, rádios amadores e uma luneta para fuzil. Os presos e todo material foram levados para a sede da Deic, onde foram feitos os flagrantes.