Polícia

Justiça analisa pedido de liberdade de mãe do menino Dyllan

24/01/17 - 10h15
Reprodução

A Justiça deve analisar um pedido de liberdade provisória feito pela defesa de Joyce Silva Soares, suspeita de envolvimento no assassinato do próprio filho, Dyllan Taylor Soares, que tinha apenas três anos quando foi morto por espancamento, em janeiro de 2016, na cidade de Arapiraca. A informação foi repassada pelo juiz Alfredo Mesquita, responsável pelo caso.

O padrasto da criança, Meydson Alysson da Silva Leão, à época com 22 anos, apontado como principal suspeito do crime, também aguarda decisão judicial sobre pedido de liberdade provisória. Ambos estão presos no sistema penitenciário alagoano. 

Segundo Alfredo Mesquita, o processo contra Joyce está parado para marcar uma nova audiência, já que a réu não compareceu na primeira audiência sobre o caso, que aconteceria no último dia 9 de novembro.

Ainda de acordo com o magistrado, esse é o segundo pedido de liberdade provisória feito pela defesa de Joyce. “O primeiro foi negado pelo tribunal”, revelou Mesquita. O pedido da defesa de Meydson será analisado pelo juiz.


Crime completa um ano

O assassinato de Dyllan Taylor Soares, que completa um ano este mês, teve repercussão nacional e chocou moradores da região.

Logo quando foi noticiado, a versão da família era de que a criança tinha morrido em decorrência de uma medicação para gases, mas o laudo da necropsia apontou que Dyllan morreu devido à hemorragias internas no crânio e no abdômen. O exame também revelou que as lesões graves teriam sido provocadas por objetos durante as agressões.

De acordo com a investigação policial, a criança teria sofrido agressões contínuas nos dias que antecederam o crime. A perícia encontrou sangue na residência do casal.

Em depoimento à polícia, Joyce afirmou que tinha saído para trabalhar e deixado a criança com o padrasto. Meydson, por sua vez, disse que já tinha agredido Dyllan, mas sempre com a presença da mãe, e que ela também batia no menino constantemente.

Dyllan foi encontrado morto dentro de casa no dia 21 de janeiro de 2016, com muitos hematomas pelo corpo. Ele morreu dormindo, após passar mal e sentir dores no abdômen.