Polícia

Militares envolvidos em grupo de extermínio podem ser afastados dos cargos

O TNH1 conversou com o promotor de Justiça, que revelou que os militares deverão ser processados

18/06/18 - 12h18
TNH1

O promotor de justiça Magno Alexandre Moura, que responde pela promotoria do Controle Externo da Atividade Policial, afirmou que deverá pedir o afastamento dos militares suspeitos de integrar um grupo de extermínio em Alagoas.

O promotor concedeu entrevista ao TNH1 na manhã desta segunda-feira (18), durante a inauguração da nova sede do Instituto Médico Legal de Maceió, no bairro Cidade Universitária.

“No momento certo, sim [serão afastados], e não só isso. Mas eles serão processados judicialmente. No procedimento administrativo, realizado no âmbito do Ministério Público Estadual, estamos levantando todas as informações necessárias e, ao final, quando estivermos com todas as dúvidas dirimidas, iremos propor a ação”, explicou o promotor.

Ele disse ainda que a Corregedoria da Polícia Militar já tem um processo administrativo para investigar os militares, que já estariam identificados.

“Já existe um processo em andamento na Corregedoria da PM, mas corresponde ao âmbito administrativo. No caráter judicial, as providências ainda serão tomadas. Não podemos adiantar mais detalhes sobre o caso tendo em vista que precisamos fazer alguns pontos de ligação sobre o modus operandi [o modo de atuação] desses policiais”, esclareceu.

Ainda na cerimônia de inauguração do IML, o governador Renan Filho foi taxativo ao comentar o assunto. “A investigação deve ser a mais célere e profunda possível, e se houver responsáveis, que sejam punidos. Grupo de extermínio é algo tem que ser combatido com veemência”, disse.

O TNH1 tentou contato com o coronel Reinaldo Cavalcante, corregedor geral da Polícia Militar, mas ele não estava na corregedoria e não atendeu as nossas ligações.