Polícia

Polícia indicia principal suspeito de matar mototaxista

19/04/18 - 20h19

Foi encaminhado para a Justiça o inquérito que trata da morte do porteiro e mototaxista Genaldo da Silva Santos, de 34 anos, morto a tiros em um matagal na parte alta de Maceió, no último dia 6 de março. De acordo com a polícia, o suspeito de ter cometido o crime, Ivanildo Acioli de Mendonça, 37, foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele confessou, na presença de seus advogados, ter cometido o crime por ciúmes, alegando que Genaldo estaria assediando sua esposa.

Os policiais chegaram até o corpo do porteiro após Ivanildo indicar o local onde estava o cadáver. O suspeito é caçador e conhecia bem a região de mata onde escondeu a vítima. Como estava em avançado estado de decomposição, o corpo teve que ser submetido a exame no Instituto de Medicina Legal (IML).

“Apesar de ter sido reconhecido, por meio de vestimentas e objetos encontrados no matagal, ainda faltam ser entregues pela Perícia Oficial: o resultado do exame de DNA, o laudo cadavérico e o laudo pericial. Mas, por tudo que foi investigado, o crime está totalmente esclarecido”, disse o delegado Robervaldo Davino, responsável pelo caso e titular do 6° Distrito da Capital.

Em depoimento, Ivanildo explicou que é vizinho de Genaldo, no bairro do Barro Duro, e que contratou a corrida sob a alegação de que iria fazer uma caçada na região da Cachoeira do Meirim. O mototaxista não teria desconfiado de nada, pois sabia que o suspeito gostava de caçar.

Vídeos conseguidos pela polícia mostram o momento em que acusado e vítima conversam para acertar a corrida. Inicialmente, o mototaxista teria dito que não podia acertá-la porque já havia contratado uma viagem com outra pessoa. Antes disso, ainda levou o filho na escola, conforme mostram as imagens.

Somente uma hora depois, ele retorna ao local para apanhar o suspeito e os dois seguem, na moto, pela Avenida Menino Marcelo (Via Expressa) em direção a parte alta da cidade.

De acordo com a versão de Ivanildo, quando os dois chegaram ao canavial, onde seria feita a suposta caçada, houve uma discussão. Foi nesse momento que ele pegou a arma artesanal e praticou o crime, deixando a moto, documentos e até o celular da vítima ali, fugindo em seguida.