Polícia

Vereadora e família são investigados em esquema de venda ilegal de terrenos

27/10/16 - 09h58
Reprodução / Facebook

A “Operação Terra dos Marechais”, realizada nesta quinta (27), em cumprimento a mandados de prisão, busca e apreensão e de condução coercitiva expedidos pelo juiz Hélio Pinheiro, da 2ª Vara, tem como alvo um esquema de venda fraudulenta de lotes na cidade de Marechal Deodoro, com a participação de políticos do município e militares.

Pai e três filhas, uma delas a vereadora por Marechal Deodoro, Larissa Ruana Pereira Lopes de Sena, e outras sete pessoas são investigados pelo delegado Rodrigo Colombelli por envolvimento na venda de terrenos que não eram repassados para as vítimas.

Segundo consta na investigação, o pai de Larissa, José Reinaldo de Sena, que foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2014, chegou a usar o nome da vereadora em pelo menos uma negociação para convencer o comprador de que a venda era legal.

As outras filhas, Lídia Juliana Pereira Lopes Sena e Luana Cristina Pereira Lopes Sena, eram colocadas nos contratos de compra e venda como testemunhas.

As três irmãs foram conduzidas coercitivamente ao Complexo de Delegacias Especializadas, o Code, em Maceió, e o pai foi preso. Além da família, foram alvos dos mandados: Eronildo dos Santos Costa (ex-vice-prefeito da cidade), José Paulo Roque de Arcanjo (sargento Roque), Ycaro Roque Santos de Archanjo (filho do militar), e o corretor de imóveis José Luiz da Silva, todos esses presos.

Foram conduzidos coercitivamente à delegacia: Walter Torres da Cunha, "subtenente Theobaldo de Almeida e "Engenheiro Toni", além das irmãs Sena.

Operação

Segundo afirmou o delegado Rodrigo Colombelli à reportagem da TV Pajuçara, as pessoas que foram alvo da operação tinham seus nomes ligados a documentos e depósitos ilícitos. Elas são investigadas pelos crimes de estelionato e comércio ilegal de terrenos.

“Cinco pessoas foram conduzidas coercitivamente para prestar esclarecimentos. Não podemos afirmar ainda a participação direta delas nos ilícitos, que envolvem estelionato e parcelamento irregular de terrenos no município. A responsabilidade de cada um ainda será apurada”, explicou.

Ainda segundo Colombelli, a investigação teria começado há cerca de dois meses, quando um grupo de pessoas teria procurado a delegacia para denunciar que foram lesadas na compra de terrenos na cidade.

A operação, realizada pelas polícias Civil e Militar, acontece desde as primeiras horas da manhã desta quinta.