Saúde

H1N1: não é preciso pânico

07/04/16 - 09h37


Em sua página na internet, o médico Dráuzio Varella disponibiliza uma série de vídeos e textos explicativos sobre diversas doenças. 

Abaixo você confere matéria bastante esclarecedor sobre o H1N1. O texto é assinado por Mariana Fusco Varella.

As clínicas particulares que vacinam contra a gripe presenciaram um corre-corre de pais e mães aflitos na última semana. Resultado: no fim de semana passado, era difícil encontrar em São Paulo um local que disponibilizasse a vacina ou que não tivesse espera de pelo menos 3 horas.

População faz fila para comprar vacina contra H1N1 em clínica de Maceió

Casos de gripe são mais comuns no fim do outono e no inverno, mas este ano a doença chegou mais cedo, e com uma característica distinta: o vírus que tem circulado mais é o H1N1. Com isso, as pessoas passaram a correr atrás da vacina contra a gripe.

Os prontos-socorros também estão lotados de casos suspeitos de gripe. Em alguns hospitais da capital, a espera pode durar até 8 horas. Assim, pacientes que realmente precisam de atendimento são obrigados a aguardar muito tempo para ser atendidos.

No entanto, médicos alertam que não é necessário pressa para vacinar-se nem procurar um hospital ao menor sinal de gripe. A imensa maioria das pessoas em boas condições de saúde, que não façam parte do grupo prioritário (veja abaixo quem faz parte desse grupo) e que contraiam H1N1 não apresentará complicações graves.

Segundo o dr. José Silva de Mendonça, infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (SP), apenas as pessoas do grupo prioritário devem procurar o médico caso apresentem sintomas como febre alta e súbita, mal-estar e dor intensa no corpo. As demais devem repousar em casa.

É importante evitar os pronto-socorros e clínicas de vacinação lotados, pois o risco de contaminação é muito maior quando há aglomerações.

Quanto à vacina, é importante lembrar que:

*  Seu feito protetor demora de 2 a 3 semanas;

* Quem toma a vacina contra a gripe deve fazê-lo todos os anos, pois os vírus se modificam;

* Há dois tipos de vacina disponíveis, a trivalente, que protege contra 2 vírus da influenza A e 2 vírus da influenza B, e a tetravalente, que protege contra 2 vírus da influenza A e 2 da B. Para proteger contra a H1N1, a vacina trivalente é eficiente;

* A vacina não protege 100% dos vacinados;

* Apenas quem faz parte do grupo prioritário (idosos, gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 5 anos) precisa se vacinar;

* A vacina já pode ser encontrada em clínicas particulares (o preço varia de R$100,00 a R$200,00) e estará disponível gratuitamente na rede pública a partir de 11/4, mas apenas para o grupo prioritário.