Saúde

Restaurações dentárias escurecidas devem ser trocadas pelas brancas?

22/07/18 - 21h31
Pexels

Uma dúvida paira entre os pacientes nas clínicas odontológicas. Tudo bem manter as restaurações antigas, os amálgamas de cor mais escura, ou o melhor é substituí-las pelas restaurações brancas, feitas de resina?
Os amálgamas são feitos de metais como o mercúrio, componente considerado tóxico.

"No uso odontológico, não há problemas para o paciente, porque o mercúrio é combinado a outros metais. Salvo em casos raríssimos de pessoas sensíveis a essa substância", esclarece Paulo Capel, professor de saúde pública da USP (Universidade de São Paulo).

Alguns profissionais, no entanto, indicam a troca. "Além do valor estético, a resina deixa infiltrações e cáries mais visíveis", diz o cirurgião-dentista Edson Myai. Dessa forma, ajuda no tratamento precoce e até na prevenção de problemas. "Quanto à durabilidade, depende muito dos hábitos de cada um, como alimentação, tabagismo, ranger de dentes etc."

É preciso cuidar bem de qualquer restauração. Rotina de higiene bucal e boa alimentação, além da visita regular ao dentista, são essenciais. "Amálgamas são mais resistentes, mas é preciso fazer um raio-X para checar se não há fraturas ou infiltrações e, assim, fechar um diagnóstico seguro", diz Beatriz Bussab, cirurgiã-dentista.

"A resina já evoluiu, e novas tecnologias sempre surgem. Dentistas e pacientes devem conversar para chegar à melhor saída", diz Capel.

ENTENDA AS DIFERENÇAS

- Amálgama: Restauração mais antiga, de cor escura, é formada por uma uma liga metálica que tem prata, estanho e mercúrio em sua composição. Além desses metais, quantidades menores de cobre, zinco, ouro, índio e platina são utilizadas para aumentar a resistência à corrosão.

- Resinas compostas: Já usadas há cerca de 20 anos, elas são de cor branca e, por isso, têm mais valor estético e não contêm metais que podem ser tóxicos ao organismo.