Tecnologia

Mão pesada do governo: China perde a linha e bloqueia WhatsApp no país

23/07/17 - 23h20
Tec Mundo

Aparentemente, a China não está poupando esforços em sua mais recente empreitada para reforçar as barreiras do Grande Firewall – o equivalente da Grande Muralha no mundo digital. Até agora, no entanto, boa parte das medidas tomadas pelo governo chinês visavam a interrupção ou bloqueio de serviços que permitiam que os internautas do país acessassem conteúdo fora de seu alcance. Agora, nesta terça-feira (18), o país parece ter minado os últimos resquícios do império de Mark Zuckerberg na região.

De acordo com informações obtidas pelo New York Times e publicadas no Gizmodo, o WhatsApp foi a vítima mais recente das restrições cada vez mais duras promovidas pelas autoridades chinesas. O próprio Facebook, assim como quase todos os serviços sob as asas da Google e do Twitter, já era proibido no local. Diferentemente da rede social, porém, o mensageiro instantâneo da companhia tinha uso completamente liberado por lá, permitindo tanto que visitantes estrangeiros quanto cidadãos chineses conversassem pela plataforma.

Tudo parece ter mudado a partir do dia de hoje, quando usuários do aplicativo em território chinês começaram a relatar que as comunicações através do app passaram a se tornar instáveis ou inexistentes por completo. A nova regra aplicada ao firewall que cerca o país faz com que fotos, vídeos e até mesmo mensagens enviadas pelo programa sejam impedidas de seguir até o seu destinatário final. Segundo fontes do jornal norte-americano, não se trata de falhas na infraestrutura do serviço, mas sim de uma censura direta da China.

Mesmo com a confirmação de que o bloqueio parte do governo chinês, não se sabe se esse é um episódio isolado – provavelmente relacionado à morte do ativista Liu Xiaobo – ou se o gigante asiático resolveu acabar de vez com os planos de Zuckerberg de entrar nesse mercado. Seja como for, se a medida continuar de forma indefinida, muito em breve as comunicações feitas pela internet podem ficar restritas a produto como o WeChat – que sofre de forma imediata com as sanções e censuras das autoridades locais.