Redação
Lula foi eleito para governar o país, mas o todo-poderoso não é o presidente eleito e, sim, o presidente da Câmara, Arthur Lira, diz o jornalista José Nêumanne Pinto, articulista da revista Crusoé:
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“… Lula da Silva, que dificilmente terá lido Aristóteles, Santo Agostinho ou Santo Tomás de Aquino, dedica-se atualmente, já que seu Corinthians nem sequer chegou à final do paulistinha contra o Palmeiras, a atropelar os anúncios comemorativos da vitória da PF sob gestão de seu ministro da Justiça e, lembre-se, da Segurança Pública. E apregoou aos fiéis na porta dos sindicatos tornados igrejas pelo PT à época da Teologia da Libertação, que tudo não passava de uma ‘armação’ de Moro, um dos nove magistrados que o condenaram por excesso de provas. Assim como por excesso de provas foi absolvido pelos seus apadrinhados da cúpula judicial…
…Nesse ínterim, o chefão do Centrão (Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados), ocupa-se em esclarecer para o ocupante do outro lado da Praça dos Três Poderes que na vida real manda o Legislativo, ou melhor os nobilésimos senhores deputados federais. De saída, usou a aritmética simplória de papel de bodega para provar ao salvador da democracia do amor que chefia o ódio a Moro, esquecendo os outros oito que o sentenciaram, que Sua Excelência Excelentíssima, glória, glória amém, não tem votos para aprovar uma coisinha corriqueira alguma que dependa de metade dos presentes no plenário de sua corte mais um…”
Já o jornalista Naiam Lucas Lopes, no portal IG, pensa de forma diferente e argumenta:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o bloco formado por PSD, MDB, Podemos, PSC e Republicanos, que se tornou o maior da Câmara dos Deputados. O chefe do Executivo federal aposta que o grupo enfraquecerá o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aumentando o poder do governo federal no Congresso Nacional.
Lira trabalhou intensamente para que o PP formasse uma federação com o União Brasil, mas as negociações fracassaram. A junção faria com que o grupo fosse o maior no Congresso Nacional.
O deputado ficou frustrado e articulou para que o seu partido integrasse um grande bloco, contando com União Brasil, Cidadania, PSDB, Patriota, Avante e PL.
… Ao longo desta semana, por exemplo, ele conversou com líderes do União Brasil, Cidadania, PSDB, Patriota e Avante para reafirmar o desejo de tê-los ao seu lado e procurou o PSB e PDT para integrar o grupo. A intenção é mostrar que sua gestão na Câmara é suprapartidária.
Porém, tanto o PSB quanto o PDT não demonstraram interesse até o momento em estar no mesmo bloco que Patriota, União Brasil e PSDB.”
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