A estranha punição ao PM que queria tratar presos “da melhor forma possível”

Publicado em 12/01/2023, às 11h05 - Atualizado às 11h07

Redação

“Toda manifestação é válida, mas ela tem de ser pacífica, é isso que vamos tentar fazer: pacificar. Lá não tem nenhum marginal. Vamos tentar tratar essas pessoas, esses manifestantes, da melhor forma possível.”
Por causa dessa declaração, postada em vídeo antes mesmo de o avião que o levaria a Brasília decolar, o soldado Diego Sabino, do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar de Alagoas, foi desligado da missão.
Ele integraria um grupo de 50 militares alagoanos designados para, em Brasília, reforçar o trabalho de acompanhamento aos “terroristas” presos sob acusação de participar da invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
Por conta da sua declaração, além de afastado está submetido a um procedimento administrativo de investigação.
A pergunta que se impõe nesse momento turbulento e de ânimos acirrados na política brasileira: e se fosse o contrário, se o soldado desse a declaração dizendo que seria rigoroso com os “marginais”, ele seria punido pelo excesso que cometeria?
Certamente que não.
Não custa lembrar que na gestão do governador Ronaldo Lessa, hoje vice-governador do Estado, a Polícia Militar de Alagoas ganhou um prêmio nacional de Direitos Humanos pela sua forma de atuar.
Os tempos, reconhecidamente, são outros.
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