O Tempo
Pesquisadores da Universidade de Toronto descobriram que o THC, principal componente psicoativo da maconha, interfere na maturação dos óvulos e altera sua composição cromossômica, comprometendo potencialmente a fertilidade feminina. O estudo, publicado nesta terça-feira (9/9) na revista "Nature Communications", utilizou material biológico
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A investigação analisou 1.059 amostras de fluido folicular de pacientes submetidas à fertilização in vitro em Toronto. Os cientistas detectaram a presença de THC em 6% das amostras examinadas, percentual inferior aos 23% de consumo de maconha reportado entre mulheres jovens canadenses.
Um dado surpreendente revelado pela pesquisa é que 73% das amostras positivas para THC pertenciam a mulheres que afirmaram não ter consumido maconha. Essa discrepância levanta questões sobre exposição passiva ou acidental à substância.
O estudo, conduzido entre 2024 e 2025, utilizou material coletado de pacientes em tratamento no centro CReATe de fertilização in vitro. A equipe liderada pela cientista Cyntia Duval examinou óvulos e estruturas foliculares, responsáveis por abrigar e nutrir as células reprodutivas femininas.
Um dado surpreendente revelado pela pesquisa é que 73% das amostras positivas para THC pertenciam a mulheres que afirmaram não ter consumido maconha. Essa discrepância levanta questões sobre exposição passiva ou acidental à substância.
O estudo, conduzido entre 2024 e 2025, utilizou material coletado de pacientes em tratamento no centro CReATe de fertilização in vitro. A equipe liderada pela cientista Cyntia Duval examinou óvulos e estruturas foliculares, responsáveis por abrigar e nutrir as células reprodutivas femininas.
Um dos desafios da pesquisa foi determinar se as pacientes com THC nas amostras, mas que negaram o uso de cannabis, consumiram a droga intencionalmente sem relatar ou se foram expostas de forma passiva ou acidental.
Os cientistas reconhecem que o estudo possui limitações e não permite estabelecer um limiar seguro para o consumo de cannabis em relação à fertilidade feminina.
"Nosso estudo destaca a importância de informar às pacientes sobre os riscos potenciais associados ao consumo de cannabis e fornece uma base para que órgãos reguladores, sociedades médicas e organizações de saúde pública estabeleçam recomendações e diretrizes sobre o consumo de cannabis durante o tratamento de fertilidade", concluem os pesquisadores.
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