Redação
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) vai intervir e buscar soluções para os problemas enfrentados diariamente por estudantes, servidores e a população que dependem do sistema de transporte intermunicipal entre Maceió e Marechal Deodoro. A garantia é do procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, que recebeu em seu gabinete, nesta quinta-feira (3), representantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Marechal Deodoro.
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De acordo com a diretora-geral do campus, Marília Gois, famílias procuram diariamente o campus para reclamar que não estão conseguindo arcar com as despesas de transporte dos filhos. No último dia 13 de fevereiro, a tarifa de ônibus e vans aumentou pela segunda vez em três meses, passando para R$ 4, o que já começou a provocar evasão escolar na instituição.
“Além do alto valor, também recebemos muitas reclamações sobre a má qualidade dos ônibus e a falta de uma tabela transparente de horários. Hoje são poucos os ônibus que atendem o município, insuficientes para atender à população. Não podemos ser negligentes com os nossos alunos e, por isso, pedimos a ajuda do Ministério Público para buscar soluções para estes problemas”, explica a diretora.
Na reunião com o procurador-geral do MPE, a diretora do Ifal – Marechal Deodoro entregou um relatório com os principais problemas de transporte enfrentados pela população e propostas de soluções conjuntas com os órgãos competentes. Também foram entregues abaixo-assinados de alunos e servidores que pedem a redução da tarifa e melhorias urgentes no sistema.
O procurador Sérgio Jucá garantiu o empenho do MPE-AL na resolução do caso. “Vamos abrir uma investigação para apurar a denúncia do Ifal. De acordo com os elementos que encontrarmos no procedimento, ouviremos as partes envolvidas e tentaremos uma solução extrajudicial para o problema. Caso isso não seja possível, adotaremos as medidas cabíveis junto ao Judiciário”, comprometeu-se o procurador-geral de Justiça.
Além da diretora-geral, também estiveram no MPE-AL o chefe do DAA (Departamento de Apoio Acadêmico) do Ifal-MD, Diogo Oliveira, o diretor de Administração, Sérgio Ciríaco, e o coordenador de Extensão, Aparecido Gama, além da aluna do curso superior de Gestão Ambiental, Edilene Honorato. A comitiva também se reuniu com o promotor de Justiça Jamyl Gonçalves, da 21ª Promotoria de Justiça da Capital.
Em novembro de 2015, o Ifal-MD participou de reuniões com representantes da Arsal e da empresa Real Alagoas, quando foi explicada a razão do primeiro aumento da tarifa. Os demais problemas, no entanto, persistiram e foram agravados com o segundo aumento, em fevereiro de 2016.
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