Abel Braga se apresenta ao Flamengo cobrando salto para títulos

Publicado em 02/01/2019, às 17h58
Divulgação / Flamengo -

Folhapress

Abel Braga foi apresentado nesta quarta-feira (2) como técnico do Flamengo para a temporada 2019. Em entrevista coletiva, o técnico se disse "com fome" e afirmou esperar que o time possa dar algo a mais do que o mostrado nos últimos anos na busca por títulos -embora nem ele mesmo tenha sabido definir qual é essa carência.

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"Eu venho com fome. Para mim, é extremamente importante poder dar algo mais ao Flamengo", disse o treinador. "A gente não precisa de muita coisa. A gente precisa de algo um pouquinho invisível, que não se vê no campo. É isso que está precisando, da minha maneira de pensar. Vou descobrir o que é, não tenha dúvida disso", completou.

Na chegada, Abel fez elogios aos trabalhos feitos por antecessores no cargo, citando nominalmente Zé Ricardo, Maurício Barbieri e Dorival Júnior.

"Na minha cabeça, eu estou feliz. Sabe por quê? Vou quebrar pouco a cabeça. A equipe praticamente montada. Começou com o Barbieri, lá atrás com o Zé Ricardo, passou pelo Dorival", disse. "É uma equipe, da minha maneira de pensar, de ver futebol, é uma equipe montada."

Em busca do já citado "algo invisível", o treinador espera que o time tenha a mesma identidade da torcida, citando o apoio recebido pela equipe na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2018. Na ocasião, mais de 66 mil torcedores pagaram ingressos para o jogo no Maracanã contra o Atlético-PR. O Flamengo já não brigava pelo título brasileiro, conquistado pelo Palmeiras na rodada anterior, mas compareceu em peso. O time paranaense venceu por 2 a 1.

"Tem que haver uma identificação maior. Não estou criticando ninguém. Porque os caras estão indo (ao estádio), os caras vão. Não é normal todo ano você começar com favoritismo, todo ano que se dá, e depois você falha quando tem que dar o salto, quando tem que vencer. Alguma coisa não corre bem. É isso aí que vamos ter que descobrir", disse. "O que quero que o torcedor saiba é que vou procurar, tentar identificar, criar uma situação semelhante no campo ao que acontece na arquibancada. E em 2004, senti isso na espinha", completou, citando passagem anterior pelo clube.

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