O Tempo
Morando a uma distância de cerca de 200 metros do local onde caiu o ônibus da Ponte Torta, na BR-381, em João Monlevade, na região Central de Minas Gerais, João Augusto Fernandes, viu o veículo despencar e várias pessoas pularem desesperadas para tentar salvar suas vidas.
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"Eu ouvi um barulho e, de repente, vi o ônibus descendo. Imediatamente eu liguei para a polícia e pedi para enviarem o resgate para cá. Eu desloquei para o local, cheguei lá tinha uma quantidade de gente e fui trazendo as vítimas para a casa. Liguei para o pessoal da Vale e pedi para cortarem o trem. As pessoas que a gente pode socorrer e, o que a gente pode fazer, a gente fez", contou.
Segundo ele, os acidentes no local são frequentes. "A gente está sempre socorrendo o pessoal. Desta vez, eu fiquei com medo de vir o trem. Na hora do acidente apareceu um incêndio que começamos a controlar também. Eu dei prioridade de socorro primeiro para as crianças Fui pedindo os carros que foram chegando para socorrer as pessoas para os hospitais", complementou.
O grave acidente deixou 17 pessoas mortas e 26 feridas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus de turismo caiu, de 23 metros, do viaduto Ponte Torta. O caso ocorreu no entroncamento das BRs 381 e 262, na altura do km 350, na tarde desta sexta-feira (4).
No veículo haviam 46 pessoas, seis delas conseguiram pular antes da queda do veículo, três ficaram feridas e três saíram sem ferimento. Treze pessoas morreram no local do acidente e outras quatro no hospital. Vinte e quatro pessoas estão no hospital Santa Margarida, em João Monlevade.
Outras três, sendo pai e duas crianças, uma delas um menino de 10 anos, foram encaminhadas ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), em Belo Horizonte. O menino passa por cirurgia e o estado de saúde dele é grave, segundo a assessoria de imprensa do hospital. O ônibus saiu de Alagoas e seguia para São Paulo.
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