Acusada de encobrir caso, Google diz que demitiu 48 executivos por assédio

Publicado em 26/10/2018, às 19h35
Buscador virtual da Google | Pixabay -

VEJA.com

Reportagem publicada pelo jornal The New York Times relata que o Google encobriu denúncias de assédio sexual contra Andy Rubin, criador do sistema operacional Android.

LEIA TAMBÉM

Segundo o jornal, uma funcionária acusou o executivo de forçá-la a fazer sexo oral nele em um hotel. O caso ocorreu em 2013. Após a denúncia, uma investigação do Google confirmou a versão da mulher. Foi solicitada a saída do executivo do cargo, que renunciou em outubro do ano seguinte.

Mas Rubin não deixou a empresa de mãos abanando, de acordo com o NYT. O Google ofereceu ao executivo uma bonificação de 90 milhões de dólares, pagas em parcelas mensais durante quatro anos – a última prevista para novembro deste ano.

Um porta-voz do executivo negou as acusações de assédio. Segundo sua defesa, Rubin deixou a empresa por decisão própria.

A reportagem ainda aponta que outros dois executivos de alto escalão do Google foram protegidos após acusações de condutas inapropriadas. Em um dos casos, o vice-presidente de buscas, Amit Singhal, foi acusado de apalpar uma funcionária durante evento da empresa. Ele estaria alcoolizado. Singhal deixou a empresa sem alardes em 2015 após receber uma indenização milionária.

Procurado por VEJA, o Google informou que demitiu 48 executivos nos últimos dois anos por assédio sexual. “Nenhum desses indivíduos recebeu um pacote de saída”.

O terceiro executivo, David C. Drummond, do departamento jurídico, manteve um caso extraconjugal com sua funcionária por três anos. O episódio veio a público quando eles tiveram um filho – a empresa determinou que um deles mudasse de área, o que coube a Jennifer Blakely.

Enquanto isso, Drummond acabou promovido e atualmente é responsável pelos assuntos jurídicos da Alphabet, holding que controla o Google, e também pelo conselho de administração do Google Ventures, braço de investimentos em novos negócios da companhia.

Em e-mail enviado aos funcionários, a empresa diz que oferece canais confidenciais para denúncias. “Sabemos que denunciar assédio pode ser traumático. Apoiamos e respeitamos aqueles que se manifestaram”.

A mensagem foi assinado pelo CEO do Google, Sundar Pichai e a vice-presidente de recursos humanos, Eileen Naughton.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Vídeo: ratazana surge a bordo de avião e provoca pânico entre passageiros Diretor de cinema Rob Reiner citou 'medo' do filho horas antes de ser morto Agente de condicional confessa relacionamento amoroso com detento em presídio de segurança máxima Brasileira e italiano morrem após paraquedas se chocarem durante salto