Redação
Enquanto governo e agentes penitenciários negocias as reivindicações da categoria, o clima segue tenso no Sistema Prisional.
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Uma mensagem de WhatsApp mostra um dos agentes alertando um dos colegas sobre uma suposta ameaça de morte de um dos reeducandos, insatisfeito com a redução no número de visitas durante o fim de semana. O reeducando seria do presídio Baldomero Cavalcanti.
A ameaça foi dirigida ao Chefe Especial de Unidades Penitenciárias, José Antunes de Oliveira Neto. O TNH1 obteve com exclusividade a mensagem, postada no grupo do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen).
em que um dos funcionários avisa que um agente foi ameaçado de morte por um reeducando do Baldomero Cavalcanti.
"Atenção, Neto! Um reeducando aqui do baldô [Baldomero] acabou de ameaçar você de morte. Falou que lhe conhece e que vai acertar com você lá fora. Disse isso em razão da não entrada da visita dele. "Mexeram com minha família"".
A ameaça foi direcionada a José Antunes de Oliveira Neto, Chefe Especial de Unidades Penitenciárias. Ele conversou com o TNH1 e respondeu sobre a mensagem. Ouvido pela reportagem, o agente se disse tranquilo e que o fato não altera sua rotina de trabalho:
"Estou tranquilo... Nada muda na minha rotina... Sou funcionário público e sei que o cargo que ocupo tem um ônus diferenciado, mas que continuarei trabalhando em prol do sistema penitenciário alagoano fazendo a coisa certa e acreditando na justiça", disse José Antunes.
O presidente do Sindapen, Kleyton Anderson, disse que em casos como esse, o funcionário deve ser resguardado e o ocorrido é informado às autoridades.
"Não tem muito o que fazer. As autoridades competentes serão comunicadas das ameaças. E tentar resguardar um pouco os agentes. Como temos o trato direto com eles, temos essa precaução de resguardar os agentes. Cobrar da segurança pública que tenha um acompanhamento neste caso e pedir uma punição, um isolamento do reeducando para que nada aconteça", explicou.
Suspensas no final de semana passado, as visitas foram liberadas neste sábado e domingo, mas com diminuição do quantitativo.
"Está tendo visita. O que está acontecendo é a diminuição que está entrando. O Baldomero, por exemplo, de 400 visitas permitidas, estão entrando 90 a 100", informou Kleyton.
A reportagem tentou entrar em contato com o assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), mas não teve a ligação atendida.
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