Alagoas poderá ganhar uma incubadora afro de negócios

Publicado em 25/05/2016, às 20h34

Redação

Alavancar a qualidade do negócio de pequenos e médios empreendedores, por meio do seu reposicionamento no mercado, é uma das principais funções de uma incubadora. Há 20 anos com atuação de sucesso no Rio de Janeiro, a Incubadora Afro Brasileira poderá ganhar uma participação própria em Alagoas, transformando a concepção e ressignificando o mercado empreendedor no Estado. 

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À frente da consolidação do projeto no país, o consultor de Estratégia e Políticas Públicas da Incubadora Afro Brasileira, Giovanni Harvey, esteve, nesta quarta-feira (25), em Maceió, para estudar a viabilidade de aplicação na região. Para isso, gestores públicos de diferentes instituições apresentaram o diagnóstico social e ambiental de Alagoas, bem como as necessidades e carências de negócio da população.

“Esta visita está muito ligada ao conhecimento prévio do território. Será um momento para avaliarmos as tendências de mercado, para que, uma vez implantada, a incubadora esteja posicionada de acordo com as tendências do mercado local. É preciso primeiramente definir os direcionamentos e, a partir da nossa experiência e da vivência dos profissionais alagoanos, adaptar o projeto de maneira que atenda às necessidades da região”, pontua Giovanni Harvey. 

Pautada em quatro componentes principais: ensino, consultoria, assistência técnica e apoio logístico, a incubadora afro desempenha ainda um papel social de estímulo às comunidades negras e indígenas na participação da geração de emprego e renda. 

Apesar de priorizar estes grupos em específico, o projeto contempla empreendedores de diferentes etnias e classes. A ideia é simples, passar a mensagem de que todos são bem-vindos e com capacidade ativa na sociedade, como explica o consultor. 

“O nome ‘afro’, na realidade, surgiu de uma provocação mais global de que os movimentos negros estão sempre demandando, como se a comunidade tivesse que pagar uma dívida com estes grupos. A verdade é que temos uma sociedade na qual o acesso à escolaridade ainda é muito pequeno. A incubadora vem, de certa forma, para evitar este ciclo de exclusão e incluir quem não teve oportunidades, mostrar que estas pessoas têm muito a contribuir sim”, ressalta Harvey.

Em Alagoas 

Ao promover um diálogo de negócio com gestores públicos estaduais, a ideia é que seja instalado um grande laboratório em Alagoas. A incubadora iria atuar de maneira estratégica, em parceria com as Secretarias de Estado da Cultura (Secult), da Fazenda (Sefaz) e do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), em conjunto com o Instituto Raízes de Áfricas. 

“Será uma oportunidade única para trazemos a experiência da Incubadora Afro Brasileira e conseguir adaptar para a nossa realidade. Além de possibilitar a geração de emprego e renda para os grupos negros, formaremos jovens com um olhar mais político em relação a sua cultura e identidade”, destaca a coordenadora do projeto Raízes de Áfricas, Arísia Barros.

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