Flávio Gomes de Barros
O deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL), relator da CPMI do INSS, se baseia em documentos oficiais e relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) para assegurar queo ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, autorizou descontos em aposentadorias e pensões de mais de 1,2 milhão de segurados, gerando prejuízo direto de R$ 62 milhões.
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Com isso, segundo o parlamentar alagoano, Stefanutto beneficiou associações suspeitas e, ao mesmo tempo, contrariou uma instrução normativa expedida por ele próprio, que proibia expressamente esse tipo de autorização coletiva.
“Essa ação do senhor Stefanutto, segundo a CGU, deu um prejuízo direto de 62 milhões de reais e protegeu as associações, esquecendo os associados. O senhor foi contra a regra, foi contra parecer da Procuradoria da Fazenda Nacional, e tudo isso está registrado no relatório da CGU”, ressaltou o relator durante depoimento do ex-presidente do INSS na CPMI.
Outra revelação dos dados oficiais: 97,6% dos beneficiários atingidos afirmaram nunca ter autorizado os descontos - o relatório da CGU classificou a operação como fraudulenta, pois a inclusão em massa dos beneficiários foi feita de forma irregular e sem consentimento.
Alfredo Gaspar foi mais além na acusação a Alessandro Stefanutto:
“Ele fez acordo com o PICPAY e Crefisa. São acordos altamente suspeitos e nós vamos, a partir de janeiro do próximo ano, adentrar esse assunto. Evidentemente que ele tem todo o direito de defesa, mas os documentos e os fatos vão totalmente na contramão da inocência dele”.
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