Alunos do curso de PM denunciam aulas vagas e falta de equipamentos

Publicado em 02/08/2016, às 10h40

Redação

Alunos do Curso de Formação de Praças (CFP) revelaram ao TNH1 que estão sofrendo com aulas vagas, falta de professores qualificados e de equipamentos, um mês antes da data prevista para o encerramento da formação.

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De acordo com a denúncia, feita à reportagem por alunos que preferiram não serem identificados, os problemas com a carga horária começaram a acontecer há pouco tempo.

“Há um mês, em média, estamos tendo prejuízo na carga horária do curso, previsto para terminar em setembro, segundo a diretoria de ensino da instituição, por causa da falta de professores qualificados”, afirmam.

Um dos motivos do prejuízo, segundo afirmam, é que a escala de aulas foi “mal feita”. “Houve uma semana que nem feita foi. Repetiram matérias que já concluímos. [...] Muitas vezes, o próprio instrutor diz que não veio porque não avisaram a tempo e quando avisam da aula prevista é no dia anterior”, diz a denúncia.

Os alunos do curso de formação disseram também que, devido a essa “falta de organização”, eles ficam muito tempo ociosos. “Sem poder sair, sem usar o celular, sem conversar. Enquanto poderíamos estar resolvendo outras questões ou adiantando as aulas”.

A reclamação é concluída falando sobre a falta de equipamento que seriam importantes para a realização de patrulhamento ostensivo, uma vez que os alunos do CFP já estão patrulhando o centro e a orla de Maceió.

O TNH1 ouviu o comandante do CFP, tenente coronel Wellington Bittencourt, sobre as denúncias. Por telefone, ele informou que “aluno não tem competência para julgar a grade nem a qualidade dos instrutores, uma vez que todos são capacitados para a área de atuação para as quais foram selecionados”.

O militar explicou ainda que o Ministério Público já tomou conhecimento desse tipo de denúncia, uma vez que é recorrente. O comandante disse ainda que não faltam equipamentos para o patrulhamento ostensivo.

“O que um aluno julga que é equipamento suficiente? Eles vão para a rua com capacete, colete, com o PT-60 [cassetete] e acompanhados de profissionais especializados para dar instrução com esses equipamentos. Isso faz parte do treinamento, onde eles são aplicados em áreas frias de acordo com a instrução, mas com baixo risco de letalidade”, concluiu.

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