Alunos do Sesi participam de seletiva para mostra de foguetes

Publicado em 15/05/2017, às 13h11

Redação

Nesse sábado, 13, o Aeroclube de Maceió virou, temporariamente, uma base de lançamento de foguetes. As “máquinas” foram construídas pelos alunos dos ensinos fundamental e médio da Escola Sesi Industrial Abelardo Lopes, a partir de materiais como garrafas pet e reagentes químicos como água, vinagre e bicarbonato.

LEIA TAMBÉM

A cada lançamento, muita vibração, pois, além do céu, a meta dos alunos do ensino médio era conquistar a classificação para a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que será promovida na cidade de Barra do Piraí-RJ. Eles aguardam, ansiosos, o resultado consolidado dessa seletiva.

A construção e o lançamento de foguetes não são apenas competição. A atividade enriquece o aprendizado em disciplinas como Matemática, Química e Física, conforme explica o professor Urandy Carlos, que coordena as olimpíadas científicas na Escola Sesi Industrial Abelardo Lopes.“Existe também a questão da disciplina, por exemplo, eles têm até que deixar o local de lançamento limpo, depois. Eles aprendem geometria, a questão da distância, calculam a quantidade de combustível (no caso do fundamental, a água pressurizada), o peso do bico do foguete...”, revela.

Ele afirma que as tarefas desenvolvem, ainda, a coordenação motora fina. “Os meninos, hoje em dia, não têm mais coordenação para montar e desmontar as coisas. Eles conseguem recuperar isso na robótica e no lançamento de foguetes, que são diferenciais de nossa escola”, assegura Urandy Carlos.Entre os construtores de foguetes, havia dois vencedores. João Augusto Catão, do 1º ano, é campeão alagoano de Matemática (2016) e destaca como a atividade prática contribui para ele aprender mais. “A gente vê o assunto fora da sala e complementa o aprendizado”, atestou.

José Weverton Morais da Silva, do 8º ano, que ganhou medalha de ouro em competição estadual de lançamento de foguetes em 2016, disse que aprendeu a trabalhar em equipe, além de aperfeiçoar os conhecimentos de Física. “Se estiver chovendo e a gente lançar um foguete, ele não vai tão longe por causa do atrito da água. Outra coisa é que, se as aletas (‘asas’ do foguete) estiverem tortas, ele vai acabar rodando e também não vai muito longe”, explica.

O garoto destaca o diferencial das aulas extraclasse. “É bem melhor porque você pratica, está ali, fazendo. É melhor do que na sala de aula, que você está só escrevendo”, concluiu.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Matrícula online para estudantes novatos da rede estadual inicia nesta segunda (08) Uneal abre seleção para portadores de diploma com ingresso em 2026 Alagoas tem maior taxa de analfabetismo do país; Maceió lidera entre as capitais Provas de seleção para cinco cursos do Ifal são anuladas; entenda